São Paulo – As vendas de sorvete no Oriente Médio e África somaram US$ 2,4 bilhões no ano passado, um aumento de 8% em relação a 2008, segundo dados da consultoria Euromonitor. Apesar da alta inflação na região, em volume as vendas do produto tiveram um crescimento de 4% na mesma comparação.
A demanda crescente por sorvete na região resistiu à crise econômica por dois fatores, segundo apontou a pesquisa. Em primeiro lugar, os sorvetes mais caros continuaram sendo comprados por uma elite de consumidores que não foi muito afetada pela crise. Outro fator é que a demanda por sorvetes mais baratos depende, principalmente, das condições climáticas e do crescimento demográfico, e não tem relação com leves variações na renda.
De 2009 a 2014, a previsão da Euromonitor é de que o volume de vendas de sorvetes na região aumente em 20%, principalmente por causa do calor, crescimento demográfico e novas embalagens com mais unidades. Mesmo com o aumento da demanda, a pesquisa mostra que o consumo per capita do produto na região continuará baixo até 2014 (0,5kg) em comparação ao consumo da Europa Ocidental, por exemplo, de 6 kg.
No ano passado, Irã, Israel e Arábia Saudita foram responsáveis por 50% do total das vendas de sorvete no Oriente Médio e na África. No país árabe, por exemplo, o volume das vendas cresceu 5% em 2009 com relação ao ano anterior. A pesquisa revela que diversos fatores contribuíram para isso, como as altas temperaturas durante o ano, explosão demográfica, preços baixos dos sorvetes e propagandas de televisão de novos produtos.
De acordo com a pesquisa, embalagens com vários sorvetes apresentaram um crescimento de 33% nas vendas sauditas, mesmo com um mercado pequeno para o segmento. Os produtos da marca Unilever, como Extreme e Magnum, estão entre os sorvetes mais vendidos nessa categoria de embalagens com várias unidades, bem como Igloo, Snickers, Mars e Galaxy.

