São Paulo – Um levantamento divulgado nesta quarta-feira (22) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que aumentaram as barreiras no mercado internacional às exportações brasileiras. No relatório anterior, de 2023, foram identificados 77 entraves impostos aos produtos nacionais por 28 países. No documento atual são 85 barreiras listadas.
“Essas medidas restritivas têm assumido novas formas, muitas vezes de difícil identificação por serem mais complexas do que os obstáculos tradicionais. Diante desse cenário desafiador, é imprescindível que os setores público e privado unam esforços para identificar as barreiras, notificá-las, monitorá-las e gerir, de maneira coordenada e contínua, sua superação em benefício do aumento das exportações brasileiras”, diz o levantamento da CNI.
No 3º Relatório de Barreiras Comerciais Identificadas pelo Setor Privado Brasileiro a CNI detalha essas barreiras, identificadas em um trabalho conjunto com 20 entidades setoriais e notificadas ao governo brasileiro. O levantamento apresenta União Europeia e China como os líderes dessa prática em relação ao Brasil. Segundo a CNI, dos US$ 151 bilhões vendidos a esses destinos em 2023, mais de US$ 79 bilhões enfrentam obstáculos, o que representa 23% do valor exportado.
Exportação: regiões e países
Na lista dos principais mercados com medidas estão, por ordem, União Europeia, China, Japão, Argentina, Arábia Saudita, México, Índia, Estados Unidos, Colômbia e Uruguai. Entre os países árabes também aparecem na lista geral Jordânia e Omã. A maior parte das barreiras impostas pelos países são sanitárias e fitossanitárias, mas também há regulamento técnico, imposto de importação, sustentabilidade, licenciamento de importação e outras, como subsídios e cotas tarifárias de importação.
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