São Paulo – As exportações da Lupo para os países árabes têm aumentado nos últimos quatro anos. No ano passado, a fabricante, que está entre maiores do Brasil no segmento, exportou mais de US$ 1 milhão em lingeries e meias masculinas para Arábia Saudita, Líbano e Emirados Árabes Unidos. Em breve, a companhia deve começar a vender também para o Norte da África. "Estamos negociando com distribuidores locais e animados com as perspectivas de futuros negócios", afirmou o diretor comercial da empresa, Valquírio Valquírio Cabral Júnior.
De acordo com o diretor, o primeiro país árabe para onde a Lupo exportou foi para o Líbano, há 14 anos, depois vieram os demais e a tendência, segundo ele, é que as exportações para a região continuem crescendo. “Os países árabes não são grandes fabricantes do setor têxtil, por isso há chances de aumentarmos nossa participação nesse mercado”, disse.
Hoje a Lupo exporta cerca de 5% de sua produção para mais de 30 países. Os principais mercados da empresa são França, Uruguai, Chile e Estados Unidos. As vendas para os árabes ainda representam muito pouco para a empresa. Segundo Cabral, elas somam menos de 10% do total exportado.
Com quase 90 anos no mercado, a Lupo foi uma das pioneiras a produzir meias no Brasil. O imigrante italiano Henrique Lupo e sua família começaram a fabricar meias masculinas de algodão com apenas duas máquinas na própria sala de visitas de sua casa, em 1921. Na década de 40, a empresa foi umas das primeiras a usar a poliamida na composição de meias masculinas e infantis. Na década de 50 ela também foi uma das pioneiras na fabricação de meias-calças.
Sediada em Araraquara, no interior de São Paulo, a Lupo conta com cinco fábricas e 2,2 mil funcionários. A empresa produz 80 milhões de peças por ano e tem 7,5 mil itens. Além de meias para bebês, crianças e adulto, produz cuecas, lingerie feminina e infantil e meias-calças.
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