Da Agência Brasil
São Paulo – A Embratur espera a geração de 1,2 milhão de empregos até 2007 com o aumento de turistas estrangeiros no Brasil. Para atingir esse número, a Embratur tem como meta elevar a quantidade de turistas internacionais de 3,8 milhões em 2002 para 9 milhões em 2007. A expectativa é que sejam registrados 65 milhões de desembarques em 2007 contra os 34 milhões registrados no ano passado, gerando uma renda de US$ 8 bilhões.
“Em 2003 o volume de desembarques internacionais no Brasil cresceu 11,3%, com destaque de 40% a 60% para os desembarques em cidades turísticas, especialmente no Nordeste”, afirmou o presidente da Embratur, Eduardo Sanovicz. Ele acredita que a violência no Rio de Janeiro e São Paulo não tem nenhuma relação com o aumento do turismo estrangeiro no Nordeste.
Para Sanovicz, a procura pelo Nordeste é o resultado da reestruturação feita na Embratur no início do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo ele, desde o início do ano a Embratur tem promovido o turismo maciçamente no exterior por meio de feiras e workshops. “Até o ano passado eram feitas 15 feiras. Atualmente são 30”, informou o presidente da Embratur.
Para atrair turistas estrangeiros para o Brasil, a Embratur agregou a cultura brasileira ao lazer e aos recursos naturais, procurando despertar o visitante para as diferenças culturais existentes no país. “Queremos mostrar que caminhando em uma praia, por exemplo, esse turista pode chegar a um ponto turístico com importância histórica para o país”, ressaltou.
Outra forma de chamar a atenção é despertando interesse para lugares menos explorados turisticamente. “Deixamos de trabalhar com destinos isolados e passamos a estabelecer ligação entre áreas de produção, como moda e gastronomia, entre outros, criando roteiros diferenciados”. Para isso, foram criados novos produtos aliados aos roteiros tradicionais – como praias e ecoturismo – agregando temas pouco explorados, como pesca, golfe, mergulho, patrimônio histórico, resorts.
Segundo ele, a Embratur, que divulga amanhã um documento com os resultados obtidos com o trabalho realizado em 2003, já sente os sinais da reestruturação. “De poucas semanas para cá começamos a ter bons sinais na economia que vão se refletir no turismo, mas acho que internamente o cenário ainda é de algum receio pelo fato de o país estar começando a sair de uma crise que veio se arrastando nos últimos anos”, afirmou Sanovicz.
“Desde o início de 2003 o turismo foi reconhecido como uma atividade econômica importante para o país quando o presidente da República decidiu criar o Ministério do Turismo. O governo federal entende que o turismo é uma atividade altamente inclusiva que possibilita o desenvolvimento social”, disse Sanovicz.
Sanovicz fez as declarações durante palestra no seminário “As Cidades Frente à Globalização e ao Desenvolvimento Sustentável”, hoje, em São Paulo.