São Paulo – Eles já ganharam mercados como Alemanha, Argentina, Canadá, Espanha, Estados Unidos, Itália e Portugal com as suas criações. Direto da zona rural de Maria da Fé, no interior de Minas Gerais, a 485 quilômetros de Belo Horizonte e 225 da capital paulista, um grupo de 35 artesãos tem avançado dentro e fora do país com a produção de cestas, mandalas, adornos, luminárias, bolsas, bonecas e acessórios diversos feitos com fibra de bananeira e papel reciclado. Juntos, formam a Oficina Gente de Fibra, grupo dentro da Cooperativa Mariense de Artesanato.
A Oficina produz hoje 500 peças por mês. E a expansão da marca no Brasil e no exterior está ligada, além da criatividade e talento de seus participantes, a cuidados como o uso de materiais ecologicamente corretos para a confecção das peças, caso da fibra de bananeira e do papel reciclado. Tanto que o grupo conta com selo IQS (Instituto de Qualidade Sustentável), conferido pela Central Mão de Minas, associação que reúne artesãos no estado. “Isso nos abriu muitas portas lá fora”, explica o presidente da Cooperativa Mariense de Artesanato, Luiz Antônio Braga.
As portas a que Braga se refere começaram a ser abertas há oito anos. “Gente que veio de fora conheceu as peças e levou algumas para os Estados Unidos”, lembra. “De lá para cá, entramos no Programa Sebrae de Artesanato e participamos, em média, de cinco feiras nacionais e internacionais por ano, o que ajuda a ampliar as nossas vendas”, explica.
Outra ação importante no exterior foi a produção de 450 peças para a abertura de uma loja da Natura (empresa brasileira de cosméticos) em Paris, na França. “Fizemos cestos para que eles expusessem os sabonetes e cremes no local”, diz Braga.
Para os próximos anos, a ideia é investir em mais mercados dentro e fora do Brasil, como as regiões Nordeste e Norte, por aqui, e os países árabes, no exterior. “Sabemos que podemos fechar bons negócios nessas regiões”, conta. “O Oriente Médio nos interessa muito”, afirma Braga.
Em 2011, conforme o presidente da Cooperativa, estão programadas feiras em Minas Gerais, Pernambuco e Rio de Janeiro, além da participação em um evento no Rio Grande do Sul, mais especificamente em Porto Alegre, já ocorrida. "São pelo menos cinco feiras por ano", diz Braga.
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