Os grandes networks olham, cada vez mais, para o mundo árabe. Desde o início dos anos 2000 que grupos midiáticos têm investido na região. BBC, CNN e France24, por exemplo, criaram noticiários via web em língua árabe, com transmissões focadas nesse mercado. Esta semana foi a vez de mais um gigante fincar o pé no Oriente, a Bloomberg, que lançou uma plataforma pensada para o mercado árabe-islâmico.
Além do noticiário econômico do site e do canal web TV e TV propriamente, a Bloomberg oferece aos visitantes um banco de dados com informações e previsões de analistas especializados em sharia. Já operam na região, na mesma linha da Bloomberg, agências especializadas em notícias de economia, finanças e rating como Dow Jones, Moody’s, Standard e Poor’s e Thomson Reuters.
Um ano de vida
Enquanto a Bloomberg mostra a cara, a Euromed News, de origem francesa, comemora um ano e meio de operação nos países árabes. O noticiário da rede chega, principalmente, aos países do Norte da África, como Marrocos, Tunísia, Argélia e Egito, mas também os da região do Mediterrâneo, como Jordânia e Líbano. Outro grupo francês independente que tem investido nos países árabes é o Euronews, com sede em Lion. A rede possui um portal em árabe, com noticiário internacional para o público local. Outros sucessos do grupo foram os portais web em turco e persa, para os internautas do Irã.
TV Educativa
A Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco anunciou a criação da primeira TV educativa no Iraque. De acordo com a Rádio ONU, o novo canal, com transmissão 24 horas por dia, oferece a professores e alunos a oportunidade de seguir o currículo escolar a distância. Segundo a Unesco, a iniciativa promove paz e reconciliação, além de tolerância em todo o seu programa didático.
A TV Iraquiana Educativa será distribuída por um serviço regional de satélite e contará ainda com uma página de internet para lições interativas.A página abriga textos de livros digitalizados, que podem ser baixados gratuitamente.
Refugiados
A Unesco informou que embora o telecurso seja direcionado somente a alunos iraquianos, o material também poderá ser usado em outros países árabes, onde estudantes não podem ir à escola. A agência citou casos de refugiados, deslocados internos, mulheres e pessoas com necessidades especiais.
O projeto, em parceria com o Ministério da Educação do Iraque, recebeu US$ 5,6 milhões, equivalentes a mais de R$ 9,5 milhões da União Europeia.
Vitrine Roma
A embaixada do Brasil em Roma está desenhando uma nova política de promoção cultural do país na Europa. A informação é do conselheiro Marco Antonio Nakata, um dos ‘arquitetos’ do projeto. O primeiro passo importante foi dado na semana passada, com a abertura de uma mostra da jovem artista brasileira Marcia Vaistman, no dia 26 de fevereiro. Ainda este ano estão programadas mostras dos Irmãos Campana, Vik Muniz e Ernesto Neto. Para abrigar os eventos, o espaço expositivo, na piazza Navona, zona privilegiada da capital italiana, foi reformado. Outra galeria, no interior do Pallazzo Pamphilj, a Galeria Cortona, também será destinada a eventos de arte e música. Nakata já passou por Tóquio e Moscou. Roma foi escolhida por ser uma vitrine fundamental para a promoção cultural.
Cidade aberta
Em 2010, a cidade recebeu cerca de 37 milhões de turistas. É rica do ponto de vista de patrimônio histórico e de oferta cultural: são 64 institutos do estado (museus, espaços expositivos, centros culturais) e 160 privados, fundações, galerias, espaços de pesquisa artística e outras modalidades. A presença estrangeira também é grande e de longa data. São 36 os institutos, academias e centro culturais estrangeiros com sede em Roma que promovem mostras de arte, cursos e residência para artistas. Da Academia Francesa, Villa Médici, a mais antiga, de 1666, passando pela Academia Alemã- Villa Massimo-, Instituto Suíço, Japonês, Austríaco, Finlandês, Academia Americana, Húngara, Britânica, Espanhola e até representantes de países latino-americanos, como o IILA (Instituto Ítalo Latino Americano).