São Paulo – A fabricante de aeronaves norte-americana Boeing estima que nos próximos 20 anos, até 2030, serão necessários investimentos de US$ 4 trilhões em novas aeronaves, principalmente na região da Ásia-Pacífico, segundo matéria publicada pelo jornal The Daily Star, do Líbano. De acordo com a empresa, a demanda estimada será de 33,5 mil novos jatos.
Para o vice-presidente de Marketing de Aviação Comercial da Boeing, Randy Tinseth, o avanço da aviação civil deverá continuar forte nos próximos anos, com expansão média anual de 5% no volume de passageiros transportados. Segundo o executivo, a grande demanda nos próximos 20 anos será por aeronaves de um corredor, com capacidade de levar de 90 a 240 pessoas.
A Boeing destaca, no entanto, que “os custos voláteis dos combustíveis, as incertezas políticas no Oriente Médio e Norte da África e os problemas de dívidas não resolvidos em muitas economias industrializadas oferecem riscos de uma nova recessão”. A empresa, porém, não acredita que essas variáveis vão afetar o setor por muito tempo.
A companhia ampliou suas estimativas para o setor após uma expansão de 8% no movimento global de passageiros em 2010, após contração de 2% em 2009, durante a crise financeira internacional.
Para suprir a demanda, de acordo com o Daily Star, a empresa aérea norte-americana vai ampliar a produção de seu jato mais popular, o 737, aeronave de um corredor que compete com a família A320 da europeia Airbus. Para ganhar espaço no mercado, a Boeing estuda a reformulação da aeronave, com novas turbinas, mais econômicas, ou o lançamento de um modelo completamente novo.
Segundo Tinseth, se a empresa decidir pelo desenvolvimento de uma nova aeronave, ela estará pronta em 2019 ou 2020. “Vamos discutir o assunto com nossos clientes nos próximos meses, e então teremos a decisão,” declarou ele, de acordo com o jornal libanês.
A Boeing é a segunda maior produtora de aeronaves comerciais do mundo, pelo critério de volume de entregas em 2010, atrás da Airbus. A primeira entregou 462 aviões comerciais no ano passado, e a segunda, 510. Em dezembro de 2010, a Airbus publicou suas próprias estimativas para os próximos 20 anos, apresentando uma demanda de US$ 3,2 trilhões.
*Tradução de Mark Ament

