Rio de Janeiro – O diretor-executivo da Mubadala Capital Brasil, Leonardo Yamamoto, participou do painel ‘Os novos modelos de financiamento podem acelerar a descarbonização global?’ no FII Priority, nesta semana, no Rio de Janeiro. O evento, que aconteceu pela primeira vez na América Latina promovido pelo Future Investment Initiative Institute (FII Institute) da Arábia Saudita, reuniu autoridades globais e líderes empresariais de diversos setores sob o tema “Investir na Dignidade”.
Ao ser questionado se os projetos de descarbonização são rentáveis, Yamamoto disse que a única forma de alocar o capital e a escala necessários para combater as mudanças climáticas é por meio da viabilidade financeira. Segundo ele, os incentivos, isenções fiscais e subsídios que são vistos na área funcionam e ajudam as tecnologias a irem além. “Mas, afinal, se no final não houver substância, se não houver uma visão de longo prazo de que (o projeto) será rentável, vemos muito pouco capital fluir”, disse Yamamoto no evento.
O executivo mencionou uma biorrefinaria totalmente integrada que está sendo desenvolvida no Nordeste do Brasil pela Mubadala Capital. “Portanto, esse é um dos projetos que passamos mais de dez anos desenvolvendo porque precisávamos encontrar o local, a tecnologia e os parceiros certos”, disse ele. Segundo relato do executivo, agora se chegou ao ponto em que é possível dizer que o projeto realmente é renovável. “E com custo competitivo”, ressaltou Yamamoto.
O diretor-executivo da Mubadala Capital Brasil declarou também que, a exemplo da biorrefinaria, muitos outros projetos podem ser desenvolvidos. “No momento em que se obtiver isso, no momento em que for possível combinar tecnologia, eficiência e cadeia de suprimentos, você realmente desbloqueará um capital substancial e impulsionará a mudança. Então, acredito que essa é, para nós, a luz do futuro.”
Yamamoto também disse que novas fontes de energia podem ser desenvolvidas, entre elas parques solares e eólicos, o que, de acordo com o executivo, faz a diferença. “Mas isso não é suficiente. Como mundo, estamos consumindo mais energia do que somos capazes de produzir com as energias renováveis”, frisou.
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