São Paulo – Madeira é o que não falta. Nem vai faltar, no que depender de empresários que dizem estar dispostos a investir, cada vez mais, em reflorestamento. A 320 quilômetros da capital Belém, o município de Paragominas, no Pará, quer se consolidar como um dos principais pólos moveleiros do país. A iniciativa, formada por pequenas empresas, é apoiada pelos governos federal, estadual e municipal. Com direito à instalação de todos os empreendimentos em uma área comum, o pólo em si, que deve receber em torno de 100 fabricantes nos próximos cinco anos. Hoje, já são quatro participantes produzindo peças para sala, cozinha e quarto no local. E alguns itens exportados para mercados como a Guiana Francesa e o Haiti.
"Nosso maior diferencial é estarmos todos juntos, unindo forças", explica o presidente da Associação Paraense das Indústrias de Móveis e Artefatos de Madeiras Afins (Apimóveis), Paulo Alves Farias. "Além disso, usamos muita madeira de reflorestamento, numa produção verde e sustentável", diz.
Segundo Farias, que é proprietário da fábrica de portas Madeira Bella, a meta é fazer com que, em cinco anos, a renda gerada pelo pólo seja a mais importante da indústria local para a economia da cidade. Um processo de crescimento no qual, como empresário, ele também tem planos ambiciosos. "Quero produzir duas mil portas por dia", diz ele, que em setembro abrirá a sua empresa no pólo. Hoje, a Madeira Bella funciona em outro endereço.
No momento ainda em fase inicial, as exportações das empresas de Paragominas devem ganhar força com a consolidação do centro conjunto de produção. "Hoje, apenas alguns fabricantes, como a Sab Móveis, de móveis sob medida, vendem para mercados mais próximos, como a Guiana Francesa, além de países como o Haiti", explica Farias. Nesse processo de aumento das vendas dentro e fora do Brasil, os árabes são citados como compradores em potencial. "Temos todo o interesse em mandar os nossos produtos para o Oriente Médio", afirma. "E também para a Europa".
Para reforçar a marca de pólo amigo da sustentabilidade, a ideia é atrair, para Paragominas, conforme Farias, uma fábrica de placa de fibra de madeira de média densidade (MDF). Do que se trata? De um material feito a partir da junção de fibras de madeira com resinas sintéticas e outros materiais. Assim, o uso da madeira em si é reduzido.
O projeto de criação do pólo moveleiro no Pará prevê investimentos de mais de R$ 5 milhões. "Estamos apenas começando", garante Farias.
Contato:
Pólo Moveleiro de Paragominas
Telefone: +55 (91) 3011 0053
E-mail: apimoveispgms@gmail.com
