São Paulo – O livro “Aprenda a negociar com o mundo árabe: onde o impossível é possível” escrito pelo diretor do escritório de Dubai da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, Rafael Solimeo, foi um dos cinco finalistas da categoria Negócios do Prêmio Jabuti, o mais importante da literatura brasileira e um dos mais importantes da Língua Portuguesa. A premiação, realizada na segunda-feira (27), escolheu “A essência de empreender: como foi construído o Grupo Boticário”, escrito pelo fundador do Boticário, Miguel Krigsner, como o vencedor da mesma categoria.
Principal prêmio literário do Brasil, o Jabuti elege os melhores livros do ano em 23 categorias, distribuídas nos eixos temáticos Literatura, Não ficção, Produção editorial e Inovação. A edição deste ano, a 67ª da premiação, trouxe duas novas categorias: Livro do ano e Especial fomento à leitura, esta última dedicada a projetos realizados na cidade do Rio de Janeiro, que é foi escolhida pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) a capital mundial do livro no biênio 2025-2026.
Em “Aprenda a negociar com o mundo árabe: onde o impossível é possível”, Solimeo parte da sua experiência como chefe do escritório da Câmara Árabe na cidade dos Emirados Árabes Unidos para ensinar os caminhos às pessoas e empresas que desejam fazer negócios com o mundo árabe.
A ideia de escrever o livro surgiu justamente dos desafios enfrentados por empresários. O livro se dedica a derrubar conceitos preestabelecidos sobre o mundo árabe, o que é importante para negociar com árabes e que assuntos devem ser evitados em uma negociação, entre outros temas.
Além do livro de Solimeo e da obra vencedora, a categoria “Negócios” do Prêmio Jabuti contou com os concorrentes “A força do ESG: por que, a partir de agora, as empresas realmente serão sustentáveis?”, de Ricardo Ribeiro Alves; “A trinca: jornada da liberdade”, de Joel Jota, Caio Carneiro e Flávio Augusto; e “Calma sob pressão: o que aprendi comandando o Banco de Boston, o Banco Central e o Ministério da Fazenda”, de Henrique Meirelles.
À ANBA, Solimeo afirmou que é “difícil acreditar” que tenha ficado entre os finalistas do Jabuti, que teve, em outras categorias, livros de Ruy Castro (vencedor como Livro do Ano com “O ouvidor do Brasil: 99 Tom Jobim) e o compositor Chico Buarque. Porém, observou, ter seu livro indicado como um dos melhores do ano mostra que falar sobre o mundo árabe despertou o interesse e a curiosidade do público brasileiro. “Por muito tempo, esse tema foi tratado com distância e cercado de estereótipos. Ver essa pauta sendo reconhecida em um prêmio tão importante é um sinal claro de que estamos quebrando tabus. Sinto um enorme orgulho de ter conseguido chamar a atenção para essa ponte entre o Brasil e o mundo árabe, um lugar incrível para negócios e, de fato, onde impossível se torna possível”, afirmou.


