São Paulo – A Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab) promove a participação nacional na feira Sweets & Snacks Middle East, que acontece de 17 a 19 de novembro, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. É a primeira vez que a entidade terá um estande no evento.
“O Oriente Médio está se tornando um dos principais centros do mundo no mercado de confeitaria. Em Dubai, as feiras são mais movimentadas e mais dinâmicas que na Europa, e os árabes demostram muito mais interesse nos produtos brasileiros”, afirma Rodrigo Solano, gestor de Exportação da Abicab.
Segundo Solano, a Abicab havia planejado ter apenas uma participação institucional na feira, mas, devido ao grande interesse das empresas brasileiras no mercado árabe, a associação abriu espaço para levar três empresas. Jazam, Montevérgine e Peccin são as companhias que estarão no estande do Brasil. “Cada vez mais empresas querem estar nas feiras do Oriente Médio”, destaca.
O gestor da Abicab conta que Arábia Saudita, Iêmen e Líbia são mercados-alvo do setor de confeitaria do Brasil. “E Dubai é sempre um ponto de ações promocionais”, lembra.
O executivo destaca que as companhias nacionais do setor estão buscando a internacionalização de seus produtos e embalagens. “Elas estão buscando, por exemplo, saber o gosto dos árabes, o que eles consomem”, diz. Solano explica que, cada vez mais as indústrias estão procurando explorar os sabores e ingredientes típicos do Brasil, como o açaí, o brigadeiro e o amendoim.
Solano conta ainda que os importadores árabes compram tanto produtos de alto valor agregado quanto produtos mais baratos. “Os árabes têm duas estratégias, uma voltada ao mercado local, com produtos premium, e outra voltada para os preços, para reabastecimento do mercado africano”, conta.
Em relação aos países do Norte da África, no entanto, este cenário deve sofrer alterações. “Existe um crescimento do setor varejista e isso leva a uma demanda de produtos diferenciados”, ressalta.
De janeiro a julho deste ano, o Brasil exportou um total de US$ 175,9 milhões em produtos de confeitaria, somando 65,3 mil toneladas de doces. Para o Oriente Médio foram embarcadas 2,1 mil toneladas, que geraram US$ 5,4 milhões.
“Nossas exportações são baixas frente ao potencial existente. Somos a terceira maior indústria de confeitaria do mundo, atrás dos Estados Unidos e do Reino Unido. Segundo dados do Euromonitor, devemos chegar a segundo lugar em produção em 2016”, comenta Solano. Para ele, se as estratégias de exportação do setor tiverem sucesso, é possível que as vendas externas também tenham um aumento significativo no período.
A Sweets & Snacks Middle East está em sua sétima edição. A feira é organizada em parceria pelo Dubai World Trade Center e pela Koelnmesse GmbH, empresa alemã que é responsável pela ISM-Colônia, maior feira do setor de confeitaria do mundo.
Mais informações sobre o evento estão disponíveis no link www.sweetsmiddleeast.com.