Alexandre Rocha
São Paulo – A Docol, fabricante de metais sanitários sediada em Joinville (SC), começou a voltar suas atenções para o mercado exterior com maior intensidade há cerca de quatro anos e pretende prospectar o mercado árabe no futuro próximo. "Faz parte do nosso planejamento buscar novos destinos nessa região", disse o diretor de exportações e importações da empresa, Guilherme Bertani.
De acordo com ele, a companhia estuda a possibilidade de participar de algum evento voltado para o setor de construção civil no Oriente Médio ainda este ano. Mas a possibilidade maior é que uma estratégia de aproximação mais sólida comece a tomar forma a partir de 2005, quando a Docol pretende ampliar seu departamento de comércio exterior.
"Estamos ampliando o pessoal do setor para conseguir uma cobertura geográfica maior. Aí teremos a possibilidade de nos aproximar mais dos árabes", acrescentou o executivo.
Hoje a empresa já atende mais de 20 países nas Américas, Europa, Ásia e África, sendo que os principais mercados são a Argentina e os Estados Unidos. A Docol fez alguns negócios na Argélia, por meio da Safer Tabi & Freres, importadora e distribuidora local de material de construção, que representa no país árabe outras empresas brasileiras, como a Tigre, do setor de tubos e conexões, e a Tupi, de conexões.
O carro-chefe das exportações da companhia são torneiras de fechamento automático, aquelas usadas em aeroportos, banheiros de shopping centers e outros locais públicos. "Somos líderes no segmento de torneiras economizadoras de água", garantiu Bertani.
Mas a Docol também fabrica e exporta uma ampla linha de metais sanitários, válvulas de descarga, registros, chuveiros e torneiras para cozinha.
Receitas
Fundada há 48 anos, ela exporta há pelo menos 20 anos. Mas durante boa parte deste tempo, as vendas externas responderam por apenas 4% de seu faturamento, que hoje gira em torno de R$ 100 milhões por ano, segundo Bertani.
De quatro anos para cá, quando começou a desenvolver uma estratégia mais sólida de comércio exterior, as exportações passaram a responder por 18% das vendas. A meta é chegar ao patamar de 30% em 2006.
"Começamos a dar mais atenção ao exterior por causa da instabilidade do mercado brasileiro. As exportações dão mais segurança à empresa", afirmou o executivo.
É preciso lembrar que, até 1999, o real estava muito valorizado frente ao dólar, o que inibia as exportações brasileiras e facilitava as importações. Após a desvalorização da moeda brasileira, que hoje está cotada na casa de R$ 3,00 para US$ 1,00, os preços dos produtos nacionais tornaram-se mais competitivos no mercado exterior.
A Docol conta com três unidades industriais localizadas no mesmo parque fabril em Joinville. Ele emprega hoje cerca de 800 funcionários e espera que seu faturamento cresça 10% este ano.
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Docol
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