São Paulo – A DP World cresceu 14% em 2010, alcançando movimentação de cargas de 49,6 milhões de TEUs (unidades equivalentes a um contêiner de vinte pés) em seus 50 terminais portuários em 28 países, alcançando níveis de movimento de carga acima daqueles registrados antes da crise financeira global, em 2008, segundo matéria publicada pelo jornal The National, de Abu Dhabi.
A terceira maior operadora portuária do mundo apresentou boa recuperação nos 28 países nos quais opera – na Ásia-Pacífico, Américas, Europa, África e Oriente Médio. Sem contar os novos portos que a organização começou a administrar no ano passado, seu movimento de cargas cresceu 10%.
"A movimentação de 50 milhões de TEUs em todos os nossos terminais ao redor do mundo é uma grande marca para a DP World, e eleva o movimento de cargas bem acima do pico histórico de 2008. Isso reflete o grande crescimento nos mercados emergentes, onde está o nosso foco," declarou o diretor presidente da DP World, Mohammed Sharaf. O menor crescimento para DP World foi identificado em seu porto de Jebel Ali e nos terminais portuários da empresa em Abu Dhabi e Fujairah, nos Emirados Árabes Unidos.
Nestes terminais, o crescimento foi de 4%, com movimentação de 11,6 milhões de TEUs. O movimento de cargas geral da DP World nos Emirados – um dos principais indicadores do movimento do mercado de construção em Dubai – ficou abaixo dos níveis de 2009, embora a organização indique resultados melhores na segunda metade do ano. No porto de Mina Zayed, em Abu Dhabi, o termina da DP World movimento 518 mil TEUs no ano passado, um aumento de 2% na comparação com 2009.
No ano passado e em janeiro deste ano, a DP World ganhou duas novas unidades. A empresa inaugurou um novo terminal em Callao, no Peru, e expandiu seu terminal no porto de Qasim, em Karachi, na Índia.
Já na Austrália, a organização vendeu 75% de participação em suas operações, em um negócio de US$ 1,5 bilhão. A operação deve estar concluída até o final do primeiro trimestre deste ano. Para Sharaf, o acordo não constitui uma venda, mas sim uma aliança estratégica e uma chance para reinvestir os fundos gerados em projetos para crescimento em mercados emergentes.
"Não vemos o negócio na Austrália como uma venda," declarou o executivo. "Agora temos um parceiro estratégico que agregará valor ao negócio. Transformaremos alguns de nossos ativos em dinheiro e investiremos ao redor do mundo", explicou ele. Entretanto, Sharaf não declarou se o grupo pretende vender outros ativos este ano.
No segundo trimestre de 2011, segundo Sharaf, sua organização pretende abrir seu capital na bolsa de Londres.
As estimativas para 2011 são que o movimento de cargas cresça 7% ao redor do mundo. Entretanto, para o diretor financeiro da DP World, Yuvraj Narayan, o crescimento da DP World deve ser maior. "Tradicionalmente crescemos mais do que a média global, e acreditamos que isso vá continuar," declarou.
*Tradução de Mark Ament

