São Paulo – O Produto Interno Bruto (PIB) da Mauritânia deve crescer 4,2% neste ano, o que significa uma desaceleração em relação ao ano passado, quando a economia do país árabe africano avançou 6,3%. A previsão consta em relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI), divulgado na última sexta-feira (7) em função de revisões dos acordos de financiamentos que a instituição financeira mantém com a Mauritânia.
O líder da missão do FMI que visitou o país de 28 de outubro a 7 de novembro, Felix Fischer, disse que, apesar da continuidade de sólido desempenho, a desaceleração se dá pela contração dos setores extrativo e não extrativo. Mas, segundo Fischer, as perspectivas de médio prazo são positivas, pressupondo que mais reformas sejam implementadas para diversificar a economia e impulsionar o crescimento não extrativo.
“A inflação deverá permanecer abaixo de 2% em 2025 em função de políticas macroeconômicas prudentes e da absorção de qualquer excesso de liquidez pelo Banco Central”, disse. Ele cita também o menor déficit fiscal do país do que o programado, ao final de setembro, e o progresso nas reformas estruturais.
No entanto, o fundo frisa a necessidade de institucionalizar a regra fiscal na lei, de seguir a transição para regime de câmbio flexível, protegendo a economia de choques, e de garantir concepção ideal para novas medidas tributárias, avaliando previamente seus impactos. Também sugere, entre outras medidas, plano para atender recomendações do relatório de auditoria do Tribunal de Contas.
De acordo com o FMI, as autoridades da Mauritânia e a equipe do FMI chegaram a um acordo técnico sobre as políticas necessárias para a conclusão da quinta revisão do programa econômico no âmbito do Mecanismo de Financiamento Ampliado (EFF) e do Mecanismo de Crédito Ampliado (ECF) e da quarta revisão do Mecanismo de Resiliência e Sustentabilidade (RSF). O FMI pede que o país acelere as reformas no âmbito desse último programa para se fortalecer diante das mudanças climáticas.
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