São Paulo – A economia de Omã, país árabe do Golfo, segue uma trajetória de recuperação e crescimento impulsionada pelo setor de petróleo e pelos elevados preços da commodity. As informações constam em relatório divulgado nesta quinta-feira (16) pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). O organismo afirma que além das cotações favoráveis do petróleo, também a dinâmica das reformas sustenta a recuperação econômica do país.
No ano passado, a economia de Omã avançou 4,3% impulsionada pelo setor petrolífero, mas no primeiro semestre o crescimento recuou para 2,1% na comparação anual por causa dos cortes na produção de petróleo, seguindo a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). O avanço de setores não relacionados ao petróleo acelerou, de 1,2% em 2022, para 2,7% neste ano, apoiado por atividades agrícolas, construção e setor de serviços.
Apesar da previsão de que o crescimento desacelere para 1,3% neste ano devido aos cortes na produção de petróleo, o FMI afirma que a economia de Omã deverá se recuperar a partir de 2024, apoiada por uma maior produção de hidrocarbonetos e pelo avanço mais forte de outros setores não petrolíferos. Devem vir receitas para o país da reforma da administração fiscal e impostos sobre rendimentos, com o cenário sendo favorecido também por racionalização das despesas a partir de eliminação progressiva de subsídios sobre a energia.
Omã conseguiu recuo na inflação. O aumento de preços no país em 2022 foi de 2,8% e de janeiro a setembro deste ano o percentual registrado foi de 1,2%. Gestão fiscal e preços do petróleo ajudaram a melhorar o saldo fiscal e a balança corrente. A dívida do setor público caiu, a classificação de crédito soberano do país foi elevada e a previsão é de que os saldos positivos conseguidos se mantenham. O FMI observa, porém, que as perspectivas estão sujeitas a uma elevada incerteza global, inclusive a volatilidades do preço do petróleo.