São Paulo – O Bahrein experimentou um forte crescimento no ano passado, de 4,9%, e sua economia deve seguir avançando em 2023. Em relatório divulgado nesta terça-feira (11), o Fundo Monetário Internacional (FMI) projeta alta de 2,7% para o Produto Interno Bruto (PIB) do país do Golfo neste ano.
O organismo afirma que o crescimento do Bahrein em 2022 esteve em linha com os demais países do Conselho de Cooperação do Golfo (GCC, na sigla em inglês). Na foto acima, rua de comércio em Manama, a capital do Bahrein.
Do crescimento de 2022, boa parte veio do PIB do setor não petrolífero, que avançou 6,2%, enquanto o de hidrocarbonetos recuou 1,4%. O desempenho do primeiro foi impulsionado por serviços públicos, financeiros e de hospitalidade e pela indústria manufatureira.
No ano passado, o Bahrein teve inflação em aceleração. Os preços saíram de uma queda de 0,6% em 2021 para alta de 3,6% em 2022. No entanto, com a recuperação econômica e reformas fiscais em curso, além dos preços do petróleo elevados, o déficit de orçamento do estado caiu de 6,4% do PIB em 2021 para 1,2% do PIB no ano passado.
O FMI afirma que o sistema bancário do Bahrein permanece resiliente e resistiu à eliminação gradual das medidas de contenção da covid-19 e ao aperto das condições financeiras.
Para o crescimento de 2023, também o PIB não petrolífero deve ter um peso importante, já que vai avançar 3,3%, como reflexo da consolidação fiscal e ainda efeito do forte crescimento de 2022. As taxas de juros estarão maiores.
O FMI lembra, no entanto, que incertezas significativas podem interferir na previsão, entre elas a volatilidade do preço do petróleo, a turbulência financeira internacional e a desaceleração no crescimento global.
Segundo o fundo, as autoridades do Bahrein seguem fortemente empenhadas na agenda de reformas fiscais e estruturais, conforme definido no Programa de Equilíbrio Fiscal e no Plano de Recuperação Econômica do país, que tem entre os seus objetivos reduzir o déficit de orçamento e a dívida pública.