Silwan Abbassi*
Brasília – O Instituto de Finanças Internacionais revelou em seu relatório anual que a economia do Egito teve um crescimento de 6,8% no ano fiscal de 2005/2006, o maior dos últimos 15 anos. De acordo com o estudo, o governo do país árabe está dando continuidade à implementação das reformas iniciadas em junho de 2004, o que está contribuindo para o aumento do Produto Interno Bruto (PIB). As informações são do jornal árabe Al Hayat. No Egito, o ano fiscal começa em julho e termina em junho do ano seguinte.
Segundo o relatório, o crescimento ocorreu em diversos setores, como construção civil, produção de gás natural, indústria e agricultura, apesar da ocorrência de casos da gripe aviária no país. Além disso, o faturamento com as operações do Canal de Suez foi ampliado por causa do aumento no trânsito de navios. O consumo no setor privado também cresceu como resultado da confiança nas reformas.
O relatório ressalta os resultados da balança de pagamentos, especialmente o aumento significativo na entrada de investimentos estrangeiros diretos, que chegaram a US$ 6 bilhões no último ano fiscal, comparados a US$ 3,9 bilhões no ano fiscal anterior. O estudo indica um crescimento do nos investimentos não relacionados ao setor petrolífero, que chegaram a US$ 4,3 bilhões de dólares no ano fiscal de 2005/2006, comparados a uma média de US$ 500 milhões no período de 2000/2001 a 2003/2004.
Quanto à política fiscal, o relatório aponta para uma redução generalizada do déficit orçamentário, que passou de 9,6% do PIB para 8,6% no último ano fiscal. Além disso, o crescimento das receitas fiscais superou o nível esperado em conseqüência do desenvolvimento da administração fiscal e financeira.
O estudo prevê crescimento econômico para o próximo período, apoiado pelas reformas econômicas implementadas. Dentro desse contexto, deverá haver um aumento contínuo na demanda interna, impulsionada por investimentos mais altos, melhoria no crescimento econômico e ampliação das oportunidades de emprego.
O Instituto de Finanças Internacionais reúne instituições financeiras do mundo todo, tendo como membros os maiores bancos comerciais e de investimentos, além das grandes companhias de seguros e instituições de garantia de crédito para exportação.
Cai a taxa de desemprego
O jornal Asharq Alawsat acrescentou que o Fórum de Pesquisas Econômicas para os Países Árabes anunciou que ocorreu uma redução da taxa de desemprego no Egito de 11,8%, em 1998, para 7,8% atualmente. Nos últimos oito anos, a economia egípcia gerou 5,5 milhões de empregos.
O presidente do Fórum, Samir Radwan, declarou que a pesquisa foi implementada com a participação de especialistas do Banco Mundial. Ele salientou que o Egito progrediu de forma significativa em termos de novas oportunidades de empregos nos últimos anos.
* Tradução de Gabriel Pomerancblum.