São Paulo – A América Latina está em uma fase de boom econômico. Mas as expectativas para os próximos meses não são das melhores. É o que aponta uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV), feita em conjunto com o Instituto Alemão Ifo, divulgado nesta quarta-feira (18). O Índice de Clima Econômico (ICE) da região passou 5,6 pontos em abril para 6 pontos em julho. Pela série história da pesquisa, o índice acima de 6 pontos é “muito favorável”.
O ICE é a combinação do Índice da Situação Atual (ISA), que mede a percepção quanto à situação atual do país e região, e do Índice de Expectativas (IE), que se refere às estimativas para o futuro. O ISA da América Latina ficou em 5,8 pontos em julho contra 4,7 pontos em abril. Já o IE declinou de 6,4 pontos para 6,2 pontos, segundo a pesquisa.
O levantamento coloca a América Latina em fase de boom econômico pela primeira vez desde julho de 2007, quando o ICE esteve em 5,9 pontos. Antes disso, índice mais favorável havia sido registrado em abril do ano 2000, com 6 pontos. A média do ICE na região nos últimos dez anos foi de 5,1 pontos, o que confirma que 6 pontos é um desempenho alto para a economia latino-americana. Em janeiro do ano passado, o ICE chegou a cair para 2,9 pontos.
No Brasil individualmente, a percepção da economia tem se mostrado elevada. Em julho, o ICE foi de 7,3 pontos, o mesmo que em abril. Em janeiro, no entanto, os pontos eram ainda maiores: 7,8. Já no mundo todo, o ICE caiu de 5,8 pontos em abril para 5,7 pontos em julho. Assim como na América Latina, houve melhora na avaliação da situação atual (pelo ISA), de 4,3 pontos para 5 pontos, e piora nas expectativas, de 7,2 pontos para 6,4 pontos.

