Ramallah – O Banco Mundial alertou na terça-feira (02) que a economia palestina enfrenta perspectivas econômicas desanimadoras uma vez que Israel continua seu bloqueio à Faixa de Gaza e tem aumentado as restrições à Cisjordânia ocupada. Na foto acima, a cidade de Gaza.
Em um novo relatório, o fundo elogiou os esforços da Autoridade Nacional Palestina para reduzir a massa salarial pública, mas afirmou que as economias da Faixa de Gaza e da Cisjordânia continuam fortemente dependentes de doações externas e prejudicadas pelas restrições israelenses.
“As restrições [impostas por Israel] ao movimento e acesso à Cisjordânia e as restrições resultantes do quase bloqueio a Gaza continuam sendo alguns dos obstáculos mais importantes para o crescimento e o desenvolvimento do setor privado nos territórios palestinos”, o relatório disse.
“Se elas não forem aliviadas ou extintas, a economia palestina deve continuar a operar bem abaixo de seu potencial”, o relatório acrescentou.
Alguns observadores expressaram receios de mudanças radicais nas políticas israelenses na Cisjordânia sob o novo governo do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, formado em dezembro.
Destacando a dependência econômica da Cisjordânia em relação a Israel, o relatório observou que cerca de 22,5% dos palestinos no território trabalham em Israel ou em assentamentos israelenses.
O desemprego total em Gaza e na Cisjordânia chegou a 24,4%, segundo o relatório.
“Fontes [externas] de risco, como os preços da comida e da energia, tornam a perspectiva econômica geral desanimadora”, disse Stefan Emblad, diretor do Banco Mundial para os Territórios Palestinos, no relatório.
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Traduzido por Guilherme Miranda