Emirates News Agency
Abu Dhabi (Emirados Árabes) – A economia dos seis países que compõem o Conselho de Cooperação do Golfo (GCC, na sigla em inglês) cresceu 3,84% em termos reais no ano passado. As principais causas foram o alto preço do petróleo e a maior atividade do setor privado, estima a Organização das Nações Unidas (ONU).
Fazem parte do GCC, união aduaneira que completou 23 anos, Arábia Saudita, Bahrein, Catar, Emirados Árabes Unidos, Kuwait e Omã.
Para este ano, a previsão é de nova expansão do Produto Interno Bruto (PIB), mas abaixo do resultado de 2003. Isso porque espera-se uma queda no preço do petróleo e na produção dos países membros, de acordo com um relatório publicado pela agência de notícias árabe Gulf News.
O Catar foi o país que mais cresceu no ano passado, 8,4%, devido a uma expansão na produção de Gás Natural Liquefeito (GNL), no imenso Campo Norte marítimo, a maior reserva de contínua no mundo.
Um estudo da Comissão Econômica e Social para a Ásia Ocidental (ESCWA), da ONU, mostra que todos os membros do GCC apresentaram crescimento real no ano passado, quando os preços do petróleo foram elevados a US$ 28 por barril, para permitir um aumento de gastos dos governos da região.
O estudo informa um crescimento de 4,4% em Omã, 4,1% em Bahrein, 3,8% no Kuwait, 3,7% na Arábia Saudita, e cerca de 3% nos Emirados Árabes.
O crescimento do ano passado foi o maior desde 2000, quando a economia dos países do GCC cresceu 6,2%, devido a um forte aumento no preço e na produção petrolífera.
Analistas dizem que o crescimento de 2003 supera a expansão populacional do grupo, ajudando a reduzir o crescente desemprego, mas também alertam para o fato de que este desempenho é temporário, já que os preços de petróleo podem cair nos próximos anos. Isso repetiria o cenário de 1998, quando as economias do grupo encolheram ou apresentaram pequeno crescimento.
"As economias do CCG irão novamente apresentar resultados positivos em 2004, mas não tão grandes quanto os de 2003," disse Saeed Al Shaikh, principal economista do Saudi National Commercial Bank. "Os preços do petróleo podem cair entre US$ 4 a US$ 5, mas este efeito na economia pode ser reduzido devido à expansão das economias no setor não petrolífero."