São Paulo – A indústria de autopeças Fluidloc, do Rio de Janeiro, exporta para o Egito há quinze anos e tem no país árabe um cliente forte, um grande distribuidor que sozinho é responsável por 20% do total exportado pela indústria brasileira.
“Hoje o Egito é um mercado muito importante porque tem a confiança de desenvolver novos produtos com a gente”, disse o diretor-presidente da empresa brasileira, Michel Ventura. “Além disso, há uma grande similaridade entre os veículos dos dois países”, acrescentou. A General Motors e a Volkswagen montam carros lá com peças fabricadas no Brasil.
Segundo ele, o primeiro contato com o cliente árabe ocorreu em 1995, durante a feira Automec, realizada a cada dois anos no Anhembi, em São Paulo. “Ele gostou tanto dos nossos produtos que, mesmo a feira sendo em São Paulo, fez questão de visitar a fábrica no Rio de Janeiro antes de voltar para o Egito”, contou Ventura.
No começo o importador encomendou artefatos de borracha utilizados nas peças de freio e embalagem hidráulica. Com o passar dos anos, começou a importar kits de reparos para os cilindros de freio e embalagem.
Em seguida, vieram os pedidos de cilindros completos. “Os pedidos cresceram na mesma medida que a relação de confiança. Ele já visitou nossa fábrica várias vezes desde que as vendas começaram. Normalmente ele alia a participação na feira com a visita aos demais fornecedores”, disse.
A empresa foi fundada há 33 anos e, além do Egito, exporta para os países da América do Sul desde 1990. Ela produz desde borrachas e kits para reparo, até cilindros completos. “Trabalhamos com um nicho mais específico com aplicações especiais para pequenos volumes em segmentos como tratores, colheitadeiras, caminhões, caminhões, ônibus e veículos importados.”
A indústria não divulga números de faturamento, apenas que no segmento de cilindros hidráulicos detém 5% do mercado brasileiro. No mercado interno, trabalha com representações espalhadas pelo país.
Oportunidades
O Egito é um possível parceiro no segmento de autopeças. Conforme a ANBA já publicou, o país está interessado em receber instalações de empresas brasileiras. A economia egípcia cresceu em média 7% nos últimos três anos. O país é considerado com grande potencial de crescimento ao lado de Colômbia, Indonésia, Vietnã, Turquia e África do Sul. Para o grupo, a Economist Intelligence Unit criou a sigla Civets, assim como já existiam os BRICs, que se refere ao Brasil, Rússia, China e Índia.
Representantes do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças) já se reuniram com autoridades egípcias e, em parceira com a Câmara de Comércio Árabe Brasileira, a entidade promoveu um seminário sobre oportunidades no país árabe em abril desse ano.
Além do mercado interno, o Egito tem acordos comerciais com a União Européia, países árabes e africanos.
Contato
Fluidloc
Telefone: +55 (21) 2474-9500
E-mail: export@fluiloc.com.br
Site: www.fluidloc.com.br

