São Paulo – O Egito anunciou que vai investir 33,9 bilhões de libras egípcias, o equivalente a US$ 4,87 bilhões em projetos de infraestrutura, programas sociais e no desenvolvimento de um polo de comércio e indústria em torno do canal de Suez, que liga o Mar Mediterrâneo ao Mar Vermelho. Este é o segundo pacote de estímulos anunciado pelo governo interino do Egito em seis meses.
De acordo com informações do ministro das Finanças do Egito, Ahmed Galal, divulgadas pela agência de notícias Reuters, o dinheiro utilizado para implantar os projetos virá de uma ajuda prometida pelos Emirados Árabes Unidos. Desse total, US$ 1 bilhão foi doado pelos Emirados, US$ 2 bilhões foram repassados na forma de empréstimos sem juros e outro US$ 1,8 bilhão será concedido na forma de combustível.
Desde que o ex-presidente Mohamed Morsi foi deposto, em julho de 2013, Kuwait, Arábia Saudita e os Emirados prometeram ajuda financeira ao Egito. O país do Norte da África enfrenta dificuldades políticas e econômicas desde o fim do regime de Hosni Mubarak, em fevereiro de 2011.
Os egípcios convivem com revoltas populares, fuga de investidores e de turistas. O Turismo é uma das principais atividades econômicas do Egito. Morsi assumiu o Egito em junho de 2012, mas no ano seguinte foi derrubado. Um governo interino foi formado.
Segundo as informações de Galal, neste pacote de estímulo 20 bilhões de libras egípcias (US$ 2,84 bilhões) serão destinadas a projetos de desenvolvimento, dois bilhões de libras egípcias (US$ 287,3 milhões) serão gastas na construção de um polo de comércio e indústria ao redor do Canal de Suez e outros 12 bilhões (US$ 1,72 bilhão) em programas sociais e aumento do salário mínimo.
Em agosto do ano passado, o governo egípcio lançou o primeiro pacote de estímulos, orçado em 30 bilhões de libras egípcias (US$ 4,3 bilhões) para impulsionar a economia.


