Cairo – O presidente do Egito, Abdel Fattah El Sisi, ordenou o oferecimento de um incentivo adicional no preço do trigo para que os produtores nacionais forneçam a maior quantidade do produto da atual safra agrícola para o Ministério de Abastecimento e do Comércio Interno. A colheita começa anualmente em meados de abril.
Antes do plantio da atual safra, no mês de agosto do ano passado, o governo egípcio definiu o preço do fornecimento do trigo para o ministério, que é responsável pelo pão subsidiado no país, entre 800 a 820 libras egípcias para cada 150 quilos. Os valores equivalem a US$ 50,8 a US$ 52,1, respectivamente, pela conversão atual.
O deputado Nour Hashem, membro do Comitê Agrícola do Conselho do Senado, disse que a orientação do presidente é um passo importante para garantir o estoque estratégico do trigo no Egito.
Para a reportagem da ANBA, ele afirmou que a medida reflete o esforço do país de cuidar do agricultor egípcio, oferecendo o clima adequado para o cultivo de culturas estratégicas que garantem as necessidades básicas da população e que façam diminuir a importação, que tem um custo alto, além de evitar os riscos que os países exportadores enfrentam, como acontece na crise russa-ucraniana.
Segundo Hashem, a agricultura egípcia representa um dos setores mais importantes para a economia do país e evoluiu muito nos últimos anos graças aos projetos nacionais criados pelo país na área. As iniciativas devem garantir o fornecimento de maiores colheitas pelo Egito, seja para o mercado nacional ou exportação.
Arroz, feijão e lentilha
No esforço que o país vem fazendo pelo fornecimento de produtos básicos para a população, o Banco Central do Egito emitiu um decreto para facilitar a importação de arroz, feijão e lentilha. A medida estende, por mais um ano, a isenção da necessidade de cobertura financeira de 100% na transação de importação. O importador precisa deixar o total do valor da compra no banco para pagamento da importação, mas esses três produtos estão isentos desse percentual. Essa isenção terminaria em 15 de março deste ano, mas foi prorrogada até 15 de março de 2023.
O Banco Central informou que o decreto se insere no âmbito do acompanhamento das necessidades do mercado egípcio e da vontade de facilitar os procedimentos de importação para atender as necessidades da população. A medida foi tomada inicialmente em março de 2019, isentando da cobertura produtos básicos como arroz, feijão e lentilha por um ano, e foi prorrogada novamente em função da covid-19. Em função das mudanças globais e aumento contínuo dos preços dos alimentos, o governo decidiu prorrogar o decreto por mais um ano.
*Traduzido do árabe por Ahmed El Nagari