São Paulo – O embaixador do Egito em Brasília, Ahmed Darwish, reuniu-se nesta quinta-feira (10) com representantes do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças) e afirmou que seu país está interessado em receber instalações de fábricas brasileiras de autopeças.
Darwish estava acompanhado do cônsul comercial do Egito em São Paulo, Mahmoud Mazhar. A reunião aconteceu na sede da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, com a presença do secretário-geral da entidade, Michel Alaby, e do vice-presidente de Relações Internacionais, Helmi Nasr.
Mazhar lembrou que o Egito tem diversos acordos com outros países árabes que podem facilitar a entrada das indústrias brasileiras nestes mercados. "São mercados muito distantes (para o Brasil) e difíceis de alcançar". O Egito possui uma frota de 17,3 milhões de veículos automotores.
Segundo Darwish, o Egito tem um vasto mercado e uma localização estratégica. O embaixador declarou ainda estar otimista sobre o futuro das relações entre a indústria brasileira de autopeças e o Egito. "A reputação brasileira é muito sólida na indústria de autopeças. Hoje, eu sugeri que, ao invés de nos vender as autopeças, assegurando as necessidades do nosso mercado crescente, é mais importante ter instalações ou investimentos no Egito".
Ele também falou sobre um acordo de cooperação que Brasil e Egito devem assinar durante a visita do ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, ao Cairo, que será realizada de 27 a 29 de dezembro de 2009.
"É um acordo sobre tudo, sobre cooperação, relações internacionais, comércio, indústria, coordenação de nossas visões políticas, que são semelhantes de muitos modos em muitas áreas, entre outros", declarou o embaixador.
William Mufarej, gerente-executivo do Sindipeças, disse que o sindicato está realizando estudos sobre a frota egípcia e da região, para saber se há compatibilidade entre as peças usadas naquela área e as fabricadas no Brasil.
"Independente da frota, vamos dizer aos nossos empresários que há essa oportunidade de montar indústrias no Egito, de fazer uma parceria, e ver como eles avaliam isso".