São Paulo – A quantidade de turistas estrangeiros que visitou o Egito caiu 41,9% em julho deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira (29) pela Agência Central de Mobilização Pública e Estatística (Capmas, na sigla em inglês) e publicados pelo jornal Al Ahram. No mês passado, o Egito recebeu 529 mil visitantes estrangeiros. Um ano antes, havia recebido 912 mil.
O motivo que levou à redução no fluxo de estrangeiros foi a queda na quantidade de visitantes da Rússia, um dos países que mais envia turistas ao Egito. Em outubro do ano passado, um jato da companhia aérea Metrojet caiu na península do Sinai logo após decolar do balneário turístico de Sharm El-Sheikh com destino a São Petersburgo. As 224 pessoas a bordo da aeronave morreram. Uma bomba colocada na aeronave por terroristas explodiu e derrubou o avião. Desde então, a Rússia interrompeu voos para o país árabe.
Turquia, Alemanha, Polônia e Reino Unido suspenderam voos ao Sinai em função do ocorrido. A quantidade de turistas russos ao Egito caiu 60%, seguida por quedas de 17,5% entre os procedentes da Grã-Bretanha, 10,4% da Alemanha e 3,8% da Polônia. Subiu, por outro lado, a quantidade de visitantes de países árabes. Foram 233 mil em julho, ou 28,1% sobre os 182 mil árabes que foram ao país do Norte da África no mesmo mês do ano passado.
A expectativa do Ministério das Finanças do Egito é arrecadar entre US$ 4 bilhões e US$ 4,5 bilhões neste ano com o turismo. Em 2015, o faturamento do setor atingiu US$ 6,1 bilhões. O melhor ano para o turismo egípcio foi 2010, antes das revoluções que levaram à queda de dois presidentes. Na ocasião, a receita turística atingiu US$ 12,5 bilhões e mais de 14 milhões de visitantes foram ao país.
Uma delegação de inspeção russa deverá visitar o Egito em setembro e avaliar medidas de segurança adotadas nos aeroportos egípcios para, então, retomar os voos ao país em outubro. Alemanha e Polônia já eliminaram restrições de voo ao Sinai e a Turquia, por sua vez, deverá voltar a voar para Sharm El-Sheikh em setembro.