Silwan Abbassi*
Brasília – Foi lançada no começo desta semana a pedra fundamental de um complexo petroquímico que será construído no Egito. O empreendimento ficará em Port Said, na costa do Mediterrâneo. O lançamento das obras foi feito pelo ministro do Petróleo do país árabe, Sameh Fahmy, segundo informações do jornal árabe Asharq Alawsat.
O projeto terá um investimento de aproximadamente 4,6 bilhões de libras egípcias, o equivalente a US$ 807 milhões. Ele é liderado pela Egyptian Propylene and Polypropylene Company (EPPC) e terá participação de 17% da Egyptian Petrochemicals Holding Company e de 13% da Egyptian Natural Gas Company (GASCO).
A empresa de engenharia alemã Uhde vai construir o novo complexo, que produzirá propileno e polipropileno. As obras vão receber recursos das companhias parceiras da EPPC, além de financiamento do Al-Ahli Bank of Egypt, do Banco do Egito, da Al-Ahli Societe Generale e do Commercial International Bank do Egito.
O complexo será construído em uma área de 700 mil metros quadrados na zona industrial de Port Said. O período de implementação será de 36 meses. A capacidade produtiva do complexo será de 350 mil toneladas ao ano. Serão produzidos todos os tipos de propileno e polipropileno.
Os produtos fabricados devem ser utilizados em mais de 100 indústrias, segundo informações do jornal egípcio. A usina vai abastecer os mercados interno e externo, com 65% da produção exportada para o mercado europeu. O faturamento previsto é de 1,6 bilhão de libras egípcias (US$ 280,7 milhões) ao ano.
Economia egípcia
O setor petroquímico é um dos principais segmentos industriais do Egito, ao lado do alimentício e têxtil. A área de turismo também é bastante representativa na economia local. O Egito é o mais populoso país entre os árabes, com 75,4 milhões de habitantes, de acordo com informações da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, e tem Produto Interno Bruto de US$ 106,2 bilhões.
*Tradução de Gabriel Pomerancblum