Da redação*
São Paulo – Os turistas que visitam o Egito já encontram uma grande variedade de atrações culturais, mas as opções devem aumentar ainda mais nos próximos anos. Segundo o site árabe de notícias Menareport.com, o Ministério da Cultura do país fixou como meta a construção de um museu em cada cidade do Egito para preservar seu rico patrimônio histórico e aumentar a consciência cultural e arqueológica entre a população local e os visitantes. Alguns projetos são novos, outros são museus que já existem e vão passar por reformas.
Entre os principais empreendimentos está o Grande Museu Egípcio. Com um custo estimado em US$ 350 milhões, a expectativa é atrair cinco milhões de visitantes por ano. De acordo com o Menareport.com, o museu será o maior do mundo com cerca de 150 mil peças quando for inaugurado em 2010, maior do que o Metropolitan, de Nova York, e o British Museum, de Londres.
As obras devem começar no próximo ano em um terreno de 50 hectares localizado a dois quilômetros das pirâmides, perto o suficiente para que os turistas visitem os dois locais no mesmo dia, mas longe o suficiente para preservar o ambiente histórico da região.
Já o Museu Nacional da Civilização Egípcia vai mostrar objetos únicos da cultura e história egípcias, do tempo dos faraós até os dias de hoje. Este projeto está sendo desenvolvido em cooperação com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). A primeira fase, a construção em um moderno armazém, já foi concluída.
"A história do Egito não pára por um só momento, estamos sempre procurando novas maneiras de promover nosso patrimônio. Estes projetos vão oferecer aos visitantes um fascinante e duradouro conhecimento da nossa cultura", disse Ahmed El Khadem, presidente do órgão oficial de turismo do país.
Um novo museu também será inaugurado em Saqqara, cerca de 30 quilômetros ao sul do Cairo, em dezembro. O museu celebra Imhotep, o arquiteto da Pirâmide de Zoser, a primeira construída no Egito, e exibe antiguidades da região de um período que se estende de 3000 a.C. a 950 d.C. Saqqara era a necrópole de Memphis, a primeira capital do Egito faraônico.
Outra atração histórica é o Museu Nacional Rashid, com monumentos dos períodos islâmico e otomano, que foi reformado após dois anos a um custo de US$ 1,3 milhão.
O Museu Copta, no Cairo, também foi melhorado, com a instalação de uma nova passagem ligando duas alas, que oferece melhor acesso aos 26 salões e 15 mil objetos preciosos. Cada sala contém obras em pedra, metal, vidro e escritas. A fachada do museu se destaca pelo delicado trabalho mashrabiya, uma treliça de madeira que depois de limpa e restaurada revelou finos desenhos de folhagens.
No norte, o Museu Greco-Romano de Alexandria, que está fechado atualmente para reforma por um prazo previsto de dois anos, aumentou para 25 o número de galerias. Aos que se interessam por moedas, o museu tem uma coleção que data do ano de 630 a.C. ao século 19 d.C.
Um museu ao céu aberto é o sítio de escavações de Kom Al-Dikka, em Alexandria, com um teatro romano bem preservado e ruínas dos banhos da época.
O Museu Nacional Al Arish, que traça a história do Sinai da era pré-dinástica até era islâmica, conta com 1.500 objetos selecionados cuidadosamente de oito museus do Egito e pontos de escavação arqueológica no Sinai. A coleção de cerâmica é uma das mostras mais importantes do museu.
*Tradução de Silvia Lindsey