São Paulo – A 40ª Feira Internacional de Cartum acontece de 24 a 31 de janeiro de 2023, na capital do Sudão. O evento multissetorial é anual e oferece uma ampla gama de produtos, serviços e oportunidades de investimento para estimular o comércio e os negócios no país. O encarregado de negócios da Embaixada do Sudão em Brasília, Mohammed Elrashed Sidahmed Mohammed, esteve na Câmara de Comércio Árabe Brasileira, na capital paulista, nesta segunda-feira (12), para promover o evento e se reuniu com o secretário-geral, Tamer Mansour, o vice-presidente de Relações Internacionais, Mohamad Mourad, e a analista de Relações Institucionais, Elaine Prates.
A feira expõe produtos e serviços diversos, como máquinas e equipamentos agrícolas, tecnologia da informação, energia e minas, materiais de construção, equipamentos médicos, eletrodomésticos. entre outros.
Sidahmed disse que o país está retomando a estabilidade política e que um acordo pró-democracia foi assinado em 05 de dezembro pelo presidente e grupos políticos do país. “Esta pode ser a oportunidade de mostrar que a estabilidade política e a segurança nacional estão em dia”, disse, se referindo à Feira de Cartum.
O encarregado de negócios quer contar com o maior número de empresas brasileiras possível para esta missão, e acredita que essas empresas poderão entrar no mercado sudanês e de países vizinhos, já que o Sudão é um hub de reexportação na África. Ele lembrou que há 54 países africanos.
O Sudão também quer construir parcerias estratégicas com empresas brasileiras, disse o diplomata, bem como intercâmbio de tecnologia e expertise, principalmente na cadeia de produção do agronegócio e proteína animal, como em ração, transporte, tecnologia e trocas técnicas. O Sudão tem grandes rebanhos de ovinos, bovinos, caprinos e camelos. O país árabe também vem investindo em energias renováveis, principalmente na energia solar.
“Um país como o Brasil precisa investir em outros solos para garantir a segurança alimentar mundial”, disse Mansour. O Brasil exporta ao Sudão principalmente maquinário agrícola, ovos férteis, carne de frango, cosméticos capilares e doces. Neste ano até novembro, a exportação brasileira ao mercado sudanês foi de US$ 81 milhões. O Brasil importou pouco do país e o produto principal foi goma.