São Paulo – As exportações de café brasileiro cresceram 6,1% em receita no mês de março, somando US$ 423,72 milhões. Foram embarcadas 3,1 milhões de sacas, volume equivalente ao exportado em março de 2019, com variação de 0,2% para cima. O preço médio da saca foi de US$ 135,72, alta de 6% no mesmo comparativo. Os dados foram divulgados pelo Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) na tarde desta quinta-feira (09).
“No mês de março, o desempenho das exportações foi muito positivo, pois os volumes exportados se mantiveram nos mesmos patamares de março de 2019, mesmo diante das limitações impostas pelo cenário atual de crise e da safra menor de 2019-2020. O segmento exportador trabalhou intensamente nos preparos do café, na logística, nos escritórios e áreas portuárias, seguindo todas as orientações da OMS e dos órgãos públicos de saúde federal, estaduais e municipais, para conseguir o melhor resultado possível”, disse em comunicado o presidente do Cecafé, Nelson Carvalhaes. A OMS é a Organização Mundial da Saúde.
De janeiro a março, o Brasil exportou 9,6 milhões de sacas de café para 106 países, queda de 5,7% em relação aos mesmos meses de 2019. A receita de US$ 1,3 bilhão foi 2,6% menor no mesmo comparativo. O preço médio de US$ 135,48, registrou aumento de 3,3%. O destaque foi o crescimento de 24,9% nas exportações de café robusta no comparativo com o primeiro trimestre do ano passado, somando 691,2 mil sacas.
Os principais destinos do café brasileiro no trimestre foram Estados Unidos, Alemanha e Itália. Entre os continentes e blocos se destacam as exportações para os países da África, que registraram aumento de 44,5% em volume, com 205 mil sacas.
As exportações ao bloco de países árabes caíram 15,7% em volume em relação aos três primeiros meses de 2019. Foram embarcadas 363.620 sacas a US$ 41,4 milhões.
Carvalhaes afirmou que em quase 300 anos de existência, o agronegócio do café brasileiro enfrenta um dos seus períodos mais difíceis, já tendo passado somente no último século pelas grandes guerras, o crash da Bolsa de Nova York e a Guerra Fria. “Nesse contexto, o café brasileiro reitera a sua solidez e maturidade, com uma cadeia produtiva unida e capaz de continuar atendendo seus consumidores internos e externos com seus cafés de qualidade e sustentáveis”, declarou.