Da redação
São Paulo – A Embraer divulgou ontem (16) que a primeira unidade de seu jato regional ERJ 145 produzida na China fez ontem mesmo seu vôo inaugural. A aeronave foi fabricada pela Harbin Embraer Aircraft Industry Company, uma joint venture formada em dezembro do ano passado pela Embraer e as chinesas Harbin Aircraft e Hafei Aviation, pertencentes à China Aviation Industry Corporation II, para produzir aviões "primariamente" para o mercado chinês.
De acordo com informações da Embraer, quando a fábrica estiver operando a todo o vapor a expectativa é de que ela tenha capacidade para entregar uma aeronave da família 145 por mês.
A empresa, porém, não divulga quando que isso deverá ocorrer, nem qual será o preço do avião no mercado chinês. Assim como também não divulga qual o preço médio do mesmo modelo produzido no Brasil.
A família 145 foi lançada em 1996 e é formada por jatos regionais com capacidade para carregar entre 37 e 50 passageiros. De acordo com informações da empresa, já foram produzidas no Brasil mais de 750 unidades dessas aeronaves.
Quando anunciou a construção da fábrica na China no ano passado, a Embraer informou que o investimento para a criação da joint venture seria de US$ 25 milhões. Hoje, de acordo com sua assessoria de imprensa, a empresa brasileira detém 51% do capital da parceria. No entanto, ela não divulga quanto que efetivamente aportou de dinheiro no negócio.
Sempre segundo informações da empresa, a Harbin Embraer emprega hoje 152 pessoas e estima que em julho do próximo ano deverá ter 180 funcionários. A estimativa inicial, divulgada em dezembro passado, dava conta de que a joint venture deveria empregar até 220 pessoas, porém não especificava um prazo para que essa meta fosse atingida.
De acordo com informações divulgadas na época da assinatura do contrato, a fábrica, localizada na cidade chinesa de Harbin, deveria ocupar um espaço de 24 mil metros quadrados. Ontem a Embraer divulgou que nos 11 meses que se passaram desde a formação da joint venture "relevantes instalações da Hafei foram remodeladas".
A Embraer avalia que o mercado chinês deverá absorver nos próximos 20 anos 635 jatos regionais com capacidade para carregar entre 30 e 120 passageiros, 7,5% da demanda global futura que, de acordo com a empresa, será de 8.450 aeronaves em 20 anos.