São Paulo – A Embraer anunciou nesta segunda-feira (22) que entregou à Força Aérea da Mauritânia os primeiros aviões militares A-29 Super Tucano. As aeronaves foram entregues na sexta-feira (19), na base da fabricante brasileira em Gavião Peixoto, em São Paulo. Esses aviões serão utilizados em missões de vigilância de fronteiras. Uma cláusula no contrato impede que sejam informados quantos aviões foram entregues, quantos foram encomendados e qual o valor do pedido.
Em março, quando anunciou a venda do A-29 Super Tucano à Mauritânia, a Embraer também revelou contratos de venda paras as forças aéreas de Burkina Faso, que já recebeu três desses aviões e para Angola, que encomendou seis A-29 Super Tucano e deverá receber três ainda neste ano. Assim como a Mauritânia, a Angola e Burkina Faso também afirmaram que iriam utilizar as aeronaves em vigilância de fronteiras.
Na cerimônia em que os aviões para a Mauritânia foram entregues o presidente da Embraer Defesa e Segurança, Luiz Carlos Aguiar, disse que o A-29 Super Tucano tem “despertado grande interesse” nos países africanos porque tem baixo custo operacional, é eficiente e tem experiência comprovada em combate.
De acordo com o comunicado da Embraer, o A-29 Super Tucano já é utilizado pelas forças aéreas do Brasil, Chile, Colômbia, Equador, República Dominicana, Burkina Faso e Indonésia. Este turboélice é capaz de realizar operações de ataque leve, vigilância, contra insurgência e interceptação aérea. O avião pode ser equipado com diversos tipos de armamentos, entre eles lançadores de foguetes de 70 mm, mísseis ar-ar e bombas teleguiadas a laser. O A-29 Super Tucano também pode aterrissar em pistas de pouso não pavimentadas.
Além das encomendas já confirmadas, a Embraer tenta vender 20 unidades do A-29 para a Força Aérea dos Estados Unidos. A empresa brasileira venceu, no fim de 2011, uma concorrência para fornecer os aviões aos norte-americanos. A empresa derrotada questionou o resultado, o que levou ao cancelamento da encomenda. Em junho deste ano os brasileiros entregaram uma nova proposta à Força Aérea dos Estados Unidos, mas o resultado da disputa só deverá ser anunciado em janeiro.

