São Paulo – A Embrapa Algodão, uma das unidades descentralizadas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, está investindo na cooperação com países africanos. O chefe de pesquisa e desenvolvimento da unidade, Carlos Alberto Domingues da Silva, participa de uma visita oficial ao Mali e Chade, onde realiza diversas ações relacionadas à cultura do algodão nos dois países países. O pesquisador tem uma extensa programação até o próximo dia 24 de fevereiro.
De acordo com informações da assessoria de imprensa, as ações de cooperação entre a Embrapa e instituições de pesquisa agropecuária africanas tem se intensificado nos últimos anos, principalmente depois que a estatal instalou um laboratório avançado em Gana. Ano passado pesquisadores vinculados ao Instituto do Algodão de Moçambique (IAM) estiveram em Campina Grande, na Paráiba, onde conheceram as pesquisas desenvolvidas na Embrapa Algodão.
Em 2007 pesquisadores e empresários do Benin, Burquina Faso, Chade e Mali vieram ao Brasil para conhecer o trabalho desenvolvido pelos pesquisadores da Embrapa. Eles mostraram interesse específico nas questões relacionadas à agricultura familiar que a empresa desenvolve no Nordeste.
“As oportunidades na África estão apenas começando para os pesquisadores da nossa unidade. Temos muito conhecimento adquirido que pode muito bem estar sendo adaptado pelos agricultores africanos”, ressaltou Domingues em nota publicada pela Embrapa.
A unidade
Hoje a Embrapa Algodão atua em todo o país, na geração de tecnologias, produtos e serviços para as culturas do algodão, mamona, amendoim, gergelim e sisal. Além de cultivares e sistemas de produção, a unidade desenvolve pesquisas na área de controle biológico, biotecnologia, mecanização agrícola, qualidade de fibras e fios de algodão, tecnologia de alimentos e produção de biodiesel de mamona, prestando serviços de consultoria, assessoria, treinamento e análises laboratoriais.
Para execução de seus projetos de pesquisa, vários em parceria com instituições nacionais e internacionais, a Embrapa Algodão conta com 55 pesquisadores, 136 funcionários de apoio e sete campos experimentais: Patos (PB), Barbalha (CE), Missão Velha (CE), Barreiras (BA), Irecê (BA), Primavera do Leste (MT) e Santa Helena (GO), além de 35 pontos de pesquisa.

