São Paulo – O diretor-presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Pedro Antonio Arraes Pereira, e o embaixador do Egito em Brasília, Ahmed Hassan Ibrahim Darwish, representando o Centro de Pesquisa Agrícola do Egito, assinaram hoje (20) um acordo de cooperação técnica e científica. O objetivo é desenvolver a agricultura sustentável no país árabe.
“Esse convênio interinstitucional vai propiciar a cooperação em várias áreas, como intercâmbio de recursos genéticos e germoplasma, melhoramento genético, engenharia genética, biotecnologia, nanotecnologia, tecnologia para culturas resistentes à seca e proteção vegetal”, afirmou o analista de Relações Internacionais da Embrapa, Osório Vilela Filho, responsável pela cooperação com o Oriente Médio.
De acordo com ele, esse convênio foi o primeiro passo para iniciar os projetos de cooperação com o Egito. “Agora vamos aguardar para ver quais são as áreas de maior interesse que o Egito quer começar a trabalhar”, disse Vilela.
A cooperação entre as duas entidades também deverá incluir intercâmbio de pesquisas na área de culturas agrícolas, principalmente de arroz, batata, algodão, milho, soja, trigo e de horticultura (frutas e verduras). Na produção animal, o país árabe tem interesse ainda na informação científica no campo de granjas de frango, especialmente as de cruzamento.
Segundo Vilela, atualmente, dos países árabes, apenas o Egito tem acordo com a Embrapa. “No passado, a gente já atuou no Iraque, Palestina e Líbano”, disse. No caso do Iraque, pesquisadores da Embrapa trabalham, entre 2001 e 2003, por meio da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), com pesquisas em milho, girassol e soja. Na Palestina, a entidade brasileira cooperou no campo das hortaliças e, no Líbano, especialistas da Embrapa participaram de uma missão, em novembro de 2006, onde cooperaram na criação de gado leiteiro, irrigação em fruticultura e horticultura.
“No passado essas cooperações com os países árabes eram mais intensas, mas acho que eles estão voltando [a nos procurar] agora, principalmente após a Cúpula América do Sul-Países Árabes. O governo brasileiro tem estendido a cooperação para cá (a Embrapa)”, disse Vilela.