Rabat – A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) poderá abrir uma unidade no Marrocos, nação árabe da África. O assunto fez parte das conversas do presidente da Embrapa, Celso Moretti (foto acima), em sua visita ao país na última semana, acompanhando uma missão do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O presidente da Embrapa deve voltar ao Marrocos no próximo mês, em junho, para seguir as tratativas.
De acordo com informações do presidente de Moretti à reportagem da ANBA, a Embrapa já tem uma parceria com a Universidade Politécnica Mohamed VI, do Marrocos. A instituição atua com pesquisa aplicada e inovação, e coopera com a Embrapa na área de bionsumos. Os insumos biológicos são produtos ou processos agroindustriais desenvolvidos a partir de enzimas, extratos, microrganismo e outros, destinados ao controle biológico de pragas e crescimento de plantas.
Com a abertura da unidade da Embrapa no Marrocos, a cooperação seria ampliada para outros campos. De acordo com Moretti, o objetivo é o desenvolvimento conjunto de tecnologia. A ideia é que o Brasil ajude o Marrocos na área de segurança alimentar e que o Marrocos auxilie o Brasil no estudo do solo relacionado ao fósforo. A Universidade Politécnica Mohamed VI trabalha nessa área com a indústria marroquina de fosfatos OCP, visitada pela missão brasileira na última semana.
A Embrapa possui atualmente duas unidades no exterior, uma nos Estados Unidos e a outra na França, e está em negociação para abrir uma base nos Emirados Árabes Unidos. Ela é uma empresa pública brasileira ligada ao Ministério da Agricultura, com papel essencial no desenvolvimento da agricultura brasileira, gerando ganhos de produção e produtividade ao longo dos anos.
A missão do qual o presidente da Embrapa participou passou por Egito e Jordânia, além do Marrocos, e teve como foco encontrar alternativas para o fornecimento de fertilizantes ao Brasil. Celso Moretti assinou pela Embrapa um memorando de entendimento no Egito, com o Agricultural Research Center (ARC), para cooperação em melhoramento genético, sanidade animal e vegetal, mudanças climáticas, irrigação e manejo de água, e intercâmbio de pesquisadores.
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