São Paulo – Os Emirados Árabes Unidos foram o principal destino das exportações de ovos brasileiros entre janeiro e novembro deste ano. A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) divulgou os dados das exportações de ovos nesta quinta-feira (16).
Entre janeiro e novembro de 2021, a exportação de ovos de galinha do Brasil somou 8.854 toneladas, volume 84,2% maior que o registrado em igual período no ano passado. Em receita, foram US$ 14,064 milhões no período, valor 74,5% maior no mesmo comparativo.
Os Emirados Árabes Unidos foram o principal comprador dos ovos brasileiros. Entre janeiro e novembro deste ano, a fatia de mercado enviada ao país árabe do Golfo foi de 59%. O Catar aparece em terceiro lugar com 4%, Omã em quinta posição com 3% e Arábia Saudita em sexto, com 2%.
Foram enviadas 5.197 toneladas de ovos aos Emirados entre janeiro e novembro, volume 144,7% maior que o registrado no mesmo período de 2020. Para o Catar, foram 378 toneladas, número 72.601% maior que o dos 11 primeiros meses de 2020. Omã também comprou mais. Foram 294 toneladas, aumento de 138,1% em relação a 2020. A Arábia Saudita teve uma pequena retração, e comprou 18,6% menos no período, somando 162 toneladas.
O diretor de mercado da ABPA, Luis Rua, falou à ANBA sobre a venda de ovos brasileiros aos árabes. “É um caso muito bem acabado do projeto setorial Brazilian Egg, em parceria com a Apex-Brasil. Nós ainda exportamos pouco ovo comparado com outras proteínas, desde que começamos esse projeto, ano após ano as empresas de ovos têm ido mais para o Oriente Médio e estabelecido canais na região, como no Catar, Omã e Arábia Saudita. Esse é um efeito claro do projeto”, disse Rua, lembrando da importância da feira de alimentos Gulfood, a maior do Oriente Médio, que acontece todo ano em fevereiro, em Dubai.
A Brazilian Egg é um projeto de internacionalização do setor levado adiante pela ABPA com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos do Brasil (Apex-Brasil).
Os ovos são vendidos in natura e também processados, como gema em pó e clara pasteurizada, produtos de alto valor agregado, segundo Rua. “Cada vez mais a indústria dos ovos vem agregando valor tanto no mercado interno quanto nas exportações brasileiras”, disse.
As exportações totais devem alcançar 9,55 mil toneladas até o final de dezembro, volume 52,9% superior ao total de 2020. Para 2022, a estimativa é que as vendas internacionais cheguem em até 10,2 mil toneladas, volume 6,5% superior à projeção para este ano.
A produção de ovos deve crescer 1,8%, somando até 54,503 bilhões de unidades. Para 2022, estima-se crescimento de 3% perante o volume deste ano. A estimativa é de recordes históricos para os dois anos.
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