São Paulo – Os Emirados Árabes Unidos continuam crescendo apoiados por uma forte demanda interna e têm perspectivas econômicas positivas, apesar de estarem sujeitos aos riscos e incertezas globais. As informações foram publicadas em relatório feito Fundo Monetário Internacional (FMI) e divulgado nesta segunda-feira (16).
Equipe da instituição financeira, liderada pelo conselheiro e chefe de missão Ali Al-Eyd, esteve no país entre os dias 25 de setembro a 3 de outubro deste ano para discutir a evolução econômica e financeira, as perspectivas e as prioridades políticas e de reforma dos Emirados Árabes Unidos.
“A economia continua crescendo beneficiada por uma forte atividade doméstica”, disse Al-Eyd. A previsão é de que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) não relacionado ao petróleo ultrapasse os 4% em 2023 e permaneça em ritmo similar em 2024, impulsionado por turismo, construção e atividades do setor imobiliário.
O chefe da missão afirma que as reformas sociais e medidas favoráveis às empresas continuam atraindo fluxos estrangeiros de capital e de trabalho, sustentando o crescimento do país e contribuindo para a elevação dos preços imobiliários, especialmente no segmento de luxo.
É esperado que após os cortes de produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep+), o avanço do PIB relacionado à área se abrande neste ano, mas se acelere em 2024, quando entra em vigor o aumento da quota de produção dos Emirados Árabes Unidos na Opep+. O PIB real do país deve crescer 3,5% neste ano.
Os saldos fiscal e externo positivos permanecem elevados por causa dos preços do petróleo. O superávit fiscal deve alcançar 5% do PIB em 2023, impulsionado pelas receitas petrolíferas e a forte atividade econômica. A entrada em vigor, em junho, de imposto sobre os rendimentos de empresas deve apoiar a alta das receitas no médio prazo.
Ali Al-Eyd lembra que as perspectivas seguem sujeitas à incerteza global. Ele diz que declínio sobre a demanda de petróleo, redução no comércio e turismo mundiais em função de crescimento internacional lento, taxas de juros elevadas, condições financeiras apertadas e problemas geopolíticos podem pesar sobre o crescimento do país.