Abu Dhabi – Os Emirados Árabes Unidos anunciaram que não vão participar da união monetária do Conselho de Cooperação do Golfo (GCC), pela qual os seis países membros do bloco passariam a uma única moeda. A informação foi divulgada ontem (20) por uma fonte do Ministério do Exterior do país árabe.
De acordo com a fonte, o Secretariado Geral do GCC recebeu hoje a notificação oficial da decisão dos Emirados. "Os Emirados Árabes Unidos desejam sucesso aos países do GCC que irão aderir à união monetária", afirmou a fonte.
A fonte disse também que o país vai continuar atuando em prol do interesse dos cidadãos dos países que fazem parte do bloco econômico árabe e trabalhar para que o bloco, do qual é membro fundador, possa cumprir sua missão e atingir seus objetivos.
"O histórico de implementação das resoluções do GCC pelos Emirados é prova de sua crença na ação conjunta do bloco", disse a fonte.
Com relação à política monetária do GCC, o presidente do Banco Central dos Emirados Árabes Unidos, Sultan Nasser Al Suwaidi, disse que o país vai manter o dirham, moeda do país, atrelado ao dólar dos Estados Unidos.
De acordo com o presidente do Centro Econômico dos Emirados, Khalfan Saeed Al Ka’abi, a decisão de não participar da união monetária do GCC foi motivada pela crise econômica mundial, que forçou o país a priorizar o futuro da economia nacional.
O governo dos Emirados também se sentiu contrariado com escolha de Riad, capital da Arábia Saudita, para sediar o futuro Banco Central do bloco. O país pleiteava ser sede do banco sob a alegação de que nenhuma das instituições do GCC está instalada em seu território.
O Sultanato de Omã já havia anunciado que também não pretende fazer parte da união monetária. Além de Omã e dos Emirados, fazem parte do GCC a Arábia Saudita, Bahrein, Catar e Kuwait. A entrada em vigor da moeda única estava prevista para 2010.
*Tradução de Gabriel Pomerancblum com informações da redação da ANBA

