São Paulo – Nos próximos dias os Emirados Árabes Unidos deverão fechar um contrato para a construção de uma usina nuclear para geração de energia elétrica. O negócio, que será o maior da história do setor no Oriente Médio, segundo o jornal Khaleej Times, de Dubai, prevê a construção de pelo menos quatro reatores e pode custar até US$ 40 bilhões. O dado consta de um relatório divulgado em agosto pela empresa de consultoria Eurasia Group.
Participam do processo de licitação um consórcio formado pelas companhias francesas Areva, GdF Suez e Total; um com a norte-americana General Electric e a japonesa Hitachi; e outro composto pelas sul-coreanas Korea Electric Power Corporation, Hyundai Engineering and Construction e Samsung C&T Corporation.
De acordo com o Eurasia Group, “os líderes nos Emirados sempre valorizaram a experiência nuclear da França”. Em maio deste ano, o presidente francês Nicolas Sarkozy visitou o país árabe para inaugurar uma base militar, e, para alguns analistas, a visita deve aumentar as chances do consórcio francês ganhar a licitação, segundo o Khaleej Times.
O boom econômico causado pelo faturamento recorde com vendas de petróleo sobrecarregou a rede elétrica dos Emirados. A previsão é de que a demanda por energia no país cresça de 15,5 gigawatts em 2008 para 40 gigawatts em 2020, de acordo com o Eurasia Group.
A nova usina nuclear deverá atender a cerca de 3% da demanda em 2020, com geração inicial de 1 gigawatt; em 2025, a energia nuclear deverá suprir aproximadamente 15% das necessidades do país, de acordo com dados da empresa de consultoria Wood Mackenzie divulgados pela agência Reuters.
*Tradução de Gabriel Pomerancblum

