São Paulo – A ministra das Finanças da França, Christine Lagarde, obteve nesta segunda-feira (13) o apoio dos Emirados Árabes Unidos à sua candidatura para ser a próxima diretora gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI). Ela chegou à região no sábado para visitar os países árabes e pedir seu apoio. Os outros candidatos são o presidente do Banco Central do México, Agustin Carstensan, e o presidente do Banco Central de Israel, Stanley Fischer.
O cargo está vago deste maio, quando o então diretor, o francês Dominique Strauss-Kahn foi preso nos Estados Unidos acusado de tentar estuprar a camareira de um hotel em Nova York. Ele foi preso quando já estava no avião que o levaria a Paris.
O ministro das Relações Exteriores dos Emirados, Obeid Humair Al Tayer, afirmou que apoia a candidata francesa por causa da sua competente liderança à frente do ministério das finanças francês e porque ela fez esforços “notáveis” durante a presidência da França no G-20, grupo formado por 19 economias industrializadas e a União Europeia. No domingo, Christine obteve o apoio do Egito à presidência do FMI após conversar com o ministro das Relações Exteriores egípcio, Nabil Al Arabi.
A candidata francesa ainda não obteve, no entanto, o apoio da Arábia Saudita. Assim como a China e o Brasil, o país árabe é contra a regra pré-estabelecida de que o cargo de diretor gerente do FMI seja ocupado, obrigatoriamente, por um europeu, enquanto que a presidência do Banco Mundial é ocupada por um norte-americano. Essa regra é cumprida desde a criação do FMI e do Banco Mundial, no acordo de Breton Woods, em 1944, ainda durante a Segunda Guerra Mundial.

