São Paulo – O Ministério do Trabalho dos Emirados Árabes Unidos anunciou que mais de 660 mil novas vagas de emprego foram criadas no país entre outubro de 2008 e março deste ano, segundo informações da TV Aljazeera, do Catar, e do site do jornal Emirates Business 24/7, de Dubai.
De acordo com o diretor interino do Ministério do Trabalho, Humaid bin Dimas, cerca de 405 mil vagas de emprego foram canceladas no mesmo período. "Quando me perguntam se a crise mundial exerceu algum impacto no mercado de trabalho nos Emirados e em outros países do GCC eu digo que sim, porque somos parte da economia global", disse Dimas ao canal à Al Jazeera.
"É natural que sejamos afetados pela crise, mas posso afirmar que o impacto dela é limitado", afirmou o diretor. "Mais de 662 mil novos empregos foram criados nos Emirados entre outubro e março, e cerca de 405 mil vagas foram canceladas no mesmo período", disse. Segundo ele, o mercado de trabalho nos Emirados é de alta rotatividade.
Para Dimas, o impacto da crise no mercado de trabalho dos Emirados foi mais psicológico do que real. Ele afirmou que muitos empregadores deixaram de contratar, mesmo tendo liquidez suficiente. "Esse fenômeno não se limita aos Emirados ou aos demais países do Golfo. É uma tendência global que se deve aos fatores psicológicos presentes em uma situação como essa", disse.
De acordo com pesquisa recente realizada pelo Emirates Business 24/7, os Emirados Árabes Unidos respondem por quase 50% dos novos empregos no Conselho de Cooperação do Golfo (GCC), bloco formado por Arábia Saudita, Bahrein, Catar, Emirados, Kuwait e Omã.
Os Emirados são a segunda maior economia do GCC e do mundo árabe, atrás apenas da Arábia Saudita. O Produto Interno Bruto dos Emirados foi de 929,4 bilhões de dirhans (US$ 253 bilhões) em 2008. A renda per capita do país, que é de 170 mil dirhans (US$ 46,2 mil) também é a segunda maior do GCC, perdendo apenas para o Catar.
*Tradução de Gabriel Blum

