São Paulo – Os Emirados Árabes Unidos foram o principal destino no exterior da carne de frango produzida no Brasil em agosto, ao importar 39,2 mil toneladas, em queda de 17% em relação a igual período de 2023. A Arábia Saudita foi o quarto destino, ao comprar 26,9 mil toneladas, em retração de 28% na mesma comparação, segundo os dados divulgados nesta sexta-feira (6) pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Entre os cinco principais destinos, o Japão foi o segundo principal importador, a África do Sul foi o terceiro e a China, o quinto destino das vendas.
De acordo com a ABPA, as exportações de carne de frango do Brasil foram menores em agosto deste ano em relação a igual mês do ano passado tanto em volumes como em valores, embora o valor médio da tonelada tenha crescido. No acumulado de 2024, as exportações também registram queda diante de 2023.
Preço da tonelada de frango exportado está maior
No mês passado, foram exportados 379,8 mil toneladas de carne de frango, volume 12,3% menor do que no mesmo período de 2023. Em valores, a redução foi de 4,5%, para US$ 793,6 milhões. No acumulado do ano, as exportações em volume somam 3,432 milhões de toneladas, 1,8% menos do que entre janeiro e agosto de 2023, e o faturamento soma US$ 6,319 bilhões, saldo 7,8% menor.
Em nota, o presidente da ABPA, Ricardo Santin, afirmou que o fluxo de embarques até o momento segue a média mensal equivalente aos 12 meses de 2023. Também disse que o preço médio aumentou. Segundo os dados da ABPA, em agosto, cada tonelada exportada foi negociada a US$ 2.089, 8,9% superior a agosto de 2023 e maior preço médio desde agosto de 2022, quando cada tonelada foi vendida a US$ 2.106.
“O preço médio foi fortemente influenciado pelo crescimento dos embarques para mercados com alto valor agregado, como o Japão”, afirmou Santin. As vendas para o país cresceram 32%, para 39 mil toneladas em agosto. “Por outro lado, houve perda de janela de embarques em determinados portos, especialmente em Paranaguá [no Paraná], onde há grande represamento de fluxo logístico. Colaboraram para o resultado menor, também, efeitos pontuais da Doença de Newcastle, especialmente nos embarques para a China e o México”, afirmou o executivo da ABPA. Uma ave foi identificada com a Doença de Newcastle no Rio Grande do Sul, o que levou a embargos para alguns destinos. A maioria deles foi suspensa.
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