Emirates News Agency
Abu Dhabi (Emirados Árabes) – As zonas de livre comércio e os grandes reexportadores aliaram seus crescimentos ao lucro do gás natural para ajudar a manter os Emirados Árabes Unidos como principal capital exportadora do Oriente Médio, apesar da alta flutuação no preço do petróleo, segundo informações oficiais.
A balança comercial, por exemplo, bateu o recorde de maior superávit nos últimos anos. Em contraste com o bom momento nos Emirados, a maior parte dos produtores de óleo do mundo árabe tem tido dificuldade para lidar com o déficit na balança nos últimos anos, quando o preço do petróleo caiu bastante no mercado internacional e as exportações do setor não-petrolífero permaneceram relativamente baixas.
No passado, os Emirados tiveram superávit em conta corrente de US$ 8,4 bilhões. Em 2001, o saldo ficou em US$ 9,9 bilhões enquanto, em 2000, o resultado foi ainda melhor, de US$ 13 bilhões, pois naquele ano o país produziu cerca de 2,3 milhões de barris por dia de petróleo e o barril custava US$ 27.
Mesmo quando o preço do petróleo caiu para US$ 10 em 1998, a conta dos Emirados apresentou um superávit de US$ 2,7 bilhões, segundo o Ministério do Planejamento.
"Os Emirados Árabe Unidos são diferentes dos outros países árabes porque nossa conta continua no positivo a maioria do tempo", disse um banqueiro de Abu Dhabi. "Ter um lucro contínuo reflete como a economia do país está saudável e também que não precisamos emprestar dinheiro de fora".
Um estudo mostra que os Emirados tiveram saldo positivo em conta corrente apesar dos fortes envios de dinheiro feitos para a grande comunidade local que mora fora do país – o volume totalizou US$4,14 bilhões no ano passado.
Ainda segundo a pesquisa, os turistas do país gastaram US$3,65 bilhões no exterior, muito acima do US$1,33 bilhão gerado pelo turismo local. As importações também cresceram, quase 5%, chegando a US$ 37,3 bilhões no mesmo período.
A exportação de óleo cru, que era de US$ 17,7 bilhões me 2001, caiu para US$ 16,9 bilhões. Mas tudo isso foi compensado por um crescimento na exportação total que foi de US$ 49,6 bilhões, contra US$ 48,8 bilhões do período anterior.
Exportações de zonas de livre comércio, principalmente Jebel Ali, também aumentaram, de US$ 6,8 bilhões para US$ 7 bilhões. De acordo com o Xeque Sheikh Humaid bin Ahmed Al Mualla, ministro do Planejamento, o superávit de balanca comercial deste ano pode crescer ainda mais já que estimativas são de que as exportações aumentem em US$ 3,5 bilhões.

