Geovana Pagel
São Paulo – A Fábrica de Aparelhos Nacionais de Eletro-Medicina (Fanem) exporta para 55 países e, há três anos, descobriu o mundo árabe. Hoje, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Jordânia, Líbano, Marrocos e Síria representam 40% das exportações da empresa. A previsão, para 2004, é aumentar os negócios em, pelo menos, 50%, informa Marlene Schmidt Rodrigues, diretora executiva da Fanem.
A companhia é a líder do país no segmento de neonatologia, isto é, de produtos para recém-nascidos, como incubadoras e berços especiais, na linha médica, e câmaras e freezers para vacinas, na área laboratorial. "Nós somos a cara da maternidade do Brasil. Estamos praticamente em todos os hospitais do país", ressalta Marlene.
As exportações da Fanem começaram nos anos 70 para a América Latina. "O primeiro país foi a Colômbia", diz Marlene. Atualmente, entre os importadores, além dos sete países árabes, estão Alemanha, Rússia, Indonésia, Nova Zelândia, Vietnã, Dinamarca, Filipinas, Tailândia e Malásia.
"Vivemos o boom da exportação em 2002", conta a diretora. Neste ano, a empresa comemora o aumento de 68% nas vendas externas. "Do total das incubadoras brasileiras exportadas atualmente, da linha neonatal, 97% são das Fanem", destaca.
Os produtos vendidos no exterior que fazem parte da linha de neonatologia são as incubadoras, unidades de cuidado intensivo, controle digital, microprocessador de temperatura do ar, camas hospitalares, fototerapia, bilispot e berço aquecido irradiante. Nas áreas de laboratório e pesquisa, estão as câmaras para conservação de sangue, câmaras de vacina, centrífugas, autoclaves e estufas.
De acordo com a diretora, o primeiro contato com o mundo árabe ocorreu em 2000. "Primeiramente, na feira hospitalar de São Paulo e, depois, consolidado na feira médica de Düsseldorf, na Alemanha", afirmou Marlene Rodrigues. Os árabes importam toda a linha neonatal e alguns produtos da linha de laboratório.
Segundo a empresária, a manutenção e a assistência técnica são pontos fortes da Fanem. "Prova disso, é que freqüentemente recebemos grupos da Arábia Saudita, Marrocos, Egito, Jordânia e Síria que vem ao Brasil, exclusivamente, para participar de treinamento", afirma.
Exigências árabes
Marlene destacou ainda que os clientes árabes são "muito simpáticos, mas também muito exigentes". Ele reconhece, porém, que graças a essas exigências, especialmente na qualidade técnica, a empresa foi obrigada a melhorar e crescer. Hoje, por exemplo, a empresa tem a marca CE (Comunidade Européia), uma certificação de qualidade exigida pela Europa. "Com isso, passamos a ter maior credibilidade em todo o mundo", explicou. A Fanem também possui ISO 9001 e o certificado Boas Práticas de Manufatura.
Para 2004, a empresa prevê um crescimento das exportações de, no mínimo, 50% e pretende prospectar novos mercados. "Vamos novamente participar de feiras organizadas pela Apex (Agência de Promoção das Exportações do Brasil) e acompanhar missões do governo", garante.
De 19 a 22 de novembro, a Fanem participa da Feira Medica 2003, em Düsseldorf, na Alemanha. Em dezembro, durante a Semana do Brasil em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, estará representada pelo presidente da Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratório (Abimo), Djalma Luiz Rodrigues. E, em janeiro de 2004, exporá seus produtos na feira do setor, que acontecerá também em Dubai.
A empresa
A Fanem, localizada em Guarulhos, São Paulo, foi fundada em 1924, pelo alemão Arthur Schmidt. Agora a empresa, de capital genuinamente nacional, estuda o melhor local na Europa para montar uma subsidiária, que irá facilitar o envio dos equipamentos.
A companhia gera 250 empregos diretos e aproximadamente 100 empregos indiretos. Possui equipe de engenheiros para desenvolvimento dos produtos, assistência técnica e treinamento tanto no Brasil quanto no exterior.
Contato
Fanem
Fone: (+5511) 6972-5700
www.fanem.com.br

