Érika Masckiewic
São Paulo – Poucos sabem que os países árabes são grandes exportadores de matérias-primas que fogem do setor petroquímico. O Sultanato de Omã, localizado no extremo leste da Península Arábica, por exemplo, é o país que contribui com o Brasil quando o assunto é fornecimento de insumos para a indústria farmoquímica.
O Grupo Sylvachem Life Sciences, que atua há 40 anos como trading e distribuidor do setor, é um dos responsáveis por parte destas importações.
A empresa busca fora do país matérias-primas adequadas para o desenvolvimento de novos produtos por parte da indústria farmoquímica e farmacêutica nacional.
Há oito anos a Sylvachem representa a Oma Chemicals, que produz derivados penicilanos e vende para o Brasil cerca de 25 toneladas/ano. De acordo com o diretor-presidente do grupo, Fernando Luna, a Sylvachem é responsável por fornecer a penicilina e seus derivados para quase toda a indústria farmacêutica nacional, desde empresas privadas até laboratórios públicos.
A Oma Chemical, porém, não é a única empresa da qual a Sylvachem importa. A trading atua com várias empresas e tipos de produtos, de acordo com as necessidades dos laboratórios nacionais. O grupo é familiar e possui 41 escritórios espalhados por diferentes regiões do globo. O faturamento anual da companhia é de US$ 25 milhões.
Brasil importa US$ 1,4 bi em medicamentos
Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), as exportações brasileiras de medicamentos registraram, em 2003, um total de US$ 226,4 milhões. Já as importações chegaram a US$ 1,4 bilhão.Vale ressaltar que este volume de negócios corresponde a medicamentos em geral, como derivados de sangue e vacinas (retirando de uso veterinário), medicamentos a granel e embalados.
Segundo a Associação Brasileira da Indústria Farmoquímica (ABIQUIF), a cada R$ 1 exportado em medicamento pelo país, mais de R$ 6 são importados. Os dados demonstram a dependência do setor por produtos importados. "O Brasil importa perto de 95% de toda substância farmoquímica do mundo. O mercado brasileiro comercializa 8 bilhões de medicamentos, o que gera um volume de negócios de US$ 800 mil por ano", relata Luna.
Outro país parceiro comercial do grupo é a China, na qual a Sylvachem negocia produtos e matérias-primas da indústria de cosméticos e veterinária. A Sylvachem também está expandindo seu leque de oportunidades com os países árabes. "Estamos em fase de amostragem com os produtos veterinários acabados. A princípio, a Arábia Saudita é o nosso grande foco pois necessita de medicamentos para animais", finaliza Luna.
Omã
Na região de Omã passa grande parte do petróleo transportado para o mundo. A economia do país é baseada na exportação do petróleo e gás. A agricultura e a pesca ainda permanecem como setores tradicionais do país. Em 2003, a corrente comercial entre o Brasil e Omã foi de US$ 44 milhões. Os principais fornecedores do país são: Emirados Árabes Unidos, Japão, Reino Unido, Estados Unidos e Alemanha.
Contato
Sylvachem Life Sciences
Tel: (11) 4689.3266
www.attivosmagisttrais.com.br

