Cairo – A Empresa Financeira e Industrial do Egito (EFIC), do setor de fertilizantes, pretende expandir as suas exportações para os mercados latino-americanos, especialmente ao Brasil. A companhia é especializada em produtos como o fertilizante monofosfato liso e granular, ácido sulfúrico concentrado puro, ácido sulfúrico diluído para baterias, fossilicato de sódio e sulfato ferroso.
O presidente do Conselho de Administração da Empresa Financeira e Industrial do Egito, Abdel-Azim Al-Abbasi (foto acima), disse que a companhia busca atender a necessidades dos clientes nos mercados local e externo.
Abbasi explicou que a empresa está trabalhando pelo aumento contínuo das suas capacidades da produção para acompanhar os planos de desenvolvimento do governo egípcio. O país pretende aumentar o volume das terras agrícolas cultivadas nos próximos anos e a EFIC quer fazer crescer a sua participação no mercado nacional para chegar a 70% do consumo dos fertilizantes fosfáticos.
Segundo Abbasi, a companhia exporta aproximadamente 50% da sua produção. De acordo com ele, no ano passado, grandes quantidades foram para Bangladesh, Paquistão e Brasil, mas a Empresa Financeira e Industrial do Egito tem capacidade de aumentar as quantidades exportadas.
No primeiro trimestre deste ano, o volume de vendas da companhia foi de 854,81 milhões de libras egípcias (US$ 45,8 milhões pela conversão atual), perante 471,8 milhões de libras egípcias (US$ 25,2 milhões) durante o mesmo período de 2021.
O diretor regional e chefe do escritório da Câmara de Comércio Árabe Brasileira no Egito, Michael Gamal, teve reunião com Abbasi para discutir segurança alimentar e formas de aproximação entre Egito e Brasil, como o aumento do fornecimento de fertilizantes ao mercado brasileiro. Gamal mostrou satisfação em cooperar com a empresa e facilitar a entrada dos produtos no Brasil.
O Brasil vem buscando aumentar as alternativas no fornecimento de fertilizantes devido à insegurança ocasionada no mercado mundial pela guerra da Rússia, importante player do setor. O Brasil necessita de adubos importados para manter e expandir sua produção agrícola, que é, inclusive, exportada.
Empresa do Egito
A Empresa Financeira e Industrial é uma sociedade anônima egípcia fundada no ano 1929. A primeira fábrica foi construída em 1935 na cidade de Kafr El-Zayat. Em 1961, a empresa foi nacionalizada. A segunda fábrica foi estabelecida em 1971, na província de Assiut. No ano 1996, 65% das ações da empresa foram lançadas na Bolsa de Valores do Egito e em 2002, a empresa investiu 600 milhões de libras egípcias (US$ 32,1 milhões pela conversão atual) para construir uma fábrica na província de Suez. Em 2015 a empresa inaugurou complexo na zona industrial em Eyn El Sokhna.
Lucros
A Companhia Financeira e Industrial egípcia obteve um lucro líquido de 304,18 milhões de libras egípcias (US$ 16,3 milhões) em 2021, perante lucros de 127,02 milhões de libras egípcias (US$ 6,8 milhões) em 2020. As vendas aumentaram no ano passado chegando a 2,75 bilhões de libras egípcias (US$ 144 milhões), em comparação com 1,42 bilhão de libras egípcias (US$ 76,1 milhões) em 2020. Al-Abbasi disse que as demonstrações financeiras consolidadas da empresa para o primeiro trimestre deste ano mostraram um aumento nos lucros em 491% na comparação anual.