São Paulo – A Cofran, fabricante de lanternas e retrovisores para carros de São Caetano do Sul, na Grande São Paulo, quer ampliar suas exportações nos próximos anos. E, para isso, pretende investir principalmente nos países árabes. A empresa já vende suas peças para o exterior há 15 anos, atendendo hoje cerca de 15 diferentes mercados. No Oriente Médio, entram nessa lista Síria e Jordânia. O Iraque já foi importador dos produtos da companhia no passado.
“Exportamos cerca de 10% do que produzimos. O plano é dobrar a quantidade de peças vendidas lá fora e os países árabes estão entre as nossas prioridades”, explica o diretor da Cofran, Márcio Codogno.
De acordo com o executivo, cada mercado tem as suas especificidades. “Na Síria, por exemplo, a frota nacional tem muitos carros da GM, como aqui”, diz Codogno. “Como trabalhamos com itens da maioria das montadoras que operam no Brasil, temos facilidade de vender nossas peças no exterior.” A Cofran produz atualmente 730 itens.
De acordo com Codogno, o mercado brasileiro de autopeças é amplo e as possibilidades para quem deseja crescer lá fora são boas. “Temos muitas montadoras instaladas aqui e o nosso padrão de qualidade é alto”, afirma.
A julgar pelas potencialidades de compradores como o Egito, país que será alvo de missão comercial organizada pela Câmara de Comércio Árabe Brasileira em maio, os empresários do setor têm chance de fechar bons negócios.
Segundo informações da Embaixada do Egito, o mercado doméstico para veículos naquele país cresceu 253% entre 2003 e 2008, sendo formado por 24 montadoras. Outra informação importante para os investidores é o fato de que o PIB egípcio cresceu ao ritmo de 7% ao ano nos últimos três anos.
A Cofran é uma empresa de origem familiar, tendo sido fundada em 1971 por dois irmãos que antes trabalhavam como atacadistas que forneciam produtos para a indústria automobilística. A companhia possui duas fábricas: uma em São Caetano do Sul e a outra em São Miguel Arcanjo, a 180 quilômetros da capital paulista.