Emirates News Agency
Abu Dhabi (Emirados Árabes Unidos) – As economias dos países do Oriente Médio e Norte da África vêm crescendo, mas a falta de investimentos de risco capazes de impulsionar os negócios locais é alarmante, dizem especialistas. A situação é mais crítica na área de Tecnologia da Informação (TI).
Esse tipo de capital é a espinha dorsal do comércio nos países desenvolvidos, segundo os analistas. Para suprir a falta desses recursos nos países árabes, o Injazat Technology Fund está iniciando uma campanha para atrair investidores para a região e mostrar às empresas locais as vantagens de poder contar com esses recursos, diz um comunicado distribuído pelo fundo à imprensa.
O Injazat é um dos poucos fundos de capital de risco do mundo que opera de acordo com a Sharia, a lei islâmica, que proíbe, por exemplo, a cobrança de juros em empréstimos. Por isso, nesse caso, o retorno do dinheiro investido se dá por meio da obtenção de uma participação nos negócios, e não pelo pagamento de juros.
"Infância"
"Os investimentos de risco ainda estão na infância no Oriente Médio e Norte da África. Em contraste com o que ocorre no Ocidente, onde as companhias têm uma vasta gama de investidores de risco para escolher para ampliar seus negócios", afirmou Hussein Rifai, presidente do Injazat Technology Fund.
"Por isso, as empresas locais, especialmente as de TI, precisam recorrer aos bancos, que são regulados por condições muito severas e exigem garantias demais, o que complica o processo de decisão de investimentos", acrescentou Rifai.
Para o executivo, o problema da região é a "natureza dos negócios locais". "Os empresários ainda relutam em adaptar a tradicional estrutura familiar ao sistema de administração profissional".
Governança corporativa
Hussein Rifai acredita, porém, que os investimentos externos e a gestão profissional dos negócios podem melhorar a imagem das empresas. "Para companhias que pretendem crescer e entrar no mercado externo, isso é fundamental", acredita.
Segundo o executivo, pesquisa feita pela consultoria McKinsey mostra que, para 63% dos investidores internacionais consultados, a governança coporativa é fator central levado em conta na decisão de investir ou não em determinada empresa.
"A presença de poucos investidores de risco na região vai contra a estratégia do governo de atrair o capital internacional", conclui.
Contato
Injazat Technology Fund
www.injazatfund.com

