São Paulo – Mais empresas de Goiás deverão aderir ao Projeto Halal do Brasil, após reuniões e apresentações dos representantes do projeto nesta semana, em Goiânia, no estado de Goiás. O projeto é uma parceria entre a Câmara de Comércio Árabe Brasileira e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) para promover nos países islâmicos alimentos e bebidas halal feitos no Brasil de acordo com as normas do Islã.
Entre terça-feira (2) e quarta-feira (3), a gerente de Projetos Internacionais da Câmara Árabe, Fernanda Dantas, observou um interesse grande de empresas de alimentos e bebidas em aderir ao projeto, em buscar capacitação e exportar alimentos halal. O Estado é um grande produtor, por exemplo, de carne de frango e bovina. Além de apresentar a iniciativa em um evento realizado na sede da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), os representantes do projeto realizaram visitas técnicas em empresas goianas.
“Existe a perspectiva de empresas participarem das nossas ações e ficarem com a gente para alcançar este mercado, algumas pensando em certificação e outras em promoção comercial”, afirmou Dantas à ANBA ao fim dos encontros e reuniões. Além dela, o gerente de Inteligência de Mercado da Câmara Árabe, Marcus Vinícius, apresentou dados e estatísticas do mercado muçulmano e o executivo de Vendas, Hans Lazarte Lima, se reuniu com empresas locais.
Características do produto halal
Também participaram dos encontros a coordenadora do escritório regional do centro-oeste da ApexBrasil, Cintia Faleiro, o secretário de Indústria, Comércio e Serviços de Goiás, Joel de Sant’anna Braga Filho, e o vice-presidente da Fieg, Emílio Bittar.
Dantas afirmou que algumas empresas demonstraram o interesse em participar do projeto comprador que o Projeto Halal do Brasil está organizando para o segundo semestre. Importadores de países muçulmanos virão ao País para se reunir e negociar com vendedores de produtos halal. Houve, também, o interesse de companhias goianas em participar da Feira Mihas, a maior do mercado halal no mundo, que será realizada na Malásia, em setembro. Durante os seminários realizado em Goiânia também foram apresentadas as características e os processos da produção de alimentos e bebida halal que não pode, por exemplo, conter traços de carne suína e demanda que os animais sejam abatidos por um profissional muçulmano, entre outras exigências.
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