São Paulo – Metade dos executivos de empresas internacionais da área de tecnologia espera aumentar suas receitas neste ano, de acordo com pesquisa da consultoria Eurocom Worldwide. O aumento de faturamento previsto para 2009, porém, é 90% inferior ao do ano passado, segundo informações divulgadas pela Informare Comunicação, empresa do grupo Casa, que representa a Eurocom Worldwide no Brasil.
Foram entrevistados 335 executivos ao redor do mundo entre janeiro e fevereiro deste ano. Entre eles estão brasileiros. Do total de entrevistados, 31% espera faturar o mesmo valor do que no ano passado. Outros 22% acredita que vai cair o valor. Um em cada quatro executivos vai reduzir o número de funcionários em 2009. Já 28% espera aumentar as contratações e 46% não prevê mudanças no número de funcionários.
"Estes números sugerem que embora tenha havido uma grande queda no índice de confiança, o setor de tecnologia não teve uma queda tão forte quanto outros setores" comenta Sandra Sinicco, CEO do grupo Casa. "Um fato interessante é que 30%, ou seja, um terço dos pesquisados acha que a crise atual terá menos impacto em suas empresas do que o estouro da bolha das dotcom (crise da internet) nos anos 2000/2001", diz.
A confiança dos executivos no setor, porém, foi afetada. Quase metade dos entrevistados – 48% – está menos confiante do que estava em anos anteriores sobre os negócios. Na pesquisa do ano passado, apenas 4% estava menos confiante do que no ano anterior. Mas 13% está mais otimista a respeito dos próximos doze meses comparado a 53% do ano passado. Dos entrevistados, 34% dos executivos enxerga a atual recessão como mais séria e 13% a vê com o mesmo impacto da bolha da internet.
"A tecnologia obviamente não está imune ao que está acontecendo com a economia global, mas ela desempenha um papel fundamental a ajudar as empresas a cortar custos e aumentar a produtividade", afirma Mads Christensen, diretor da rede Eurocom Worldwide. A rede é uma aliança global de agências de relações públicas independentes, com 30 associados. Elas reúnem 900 especialistas em comunicação de 60 cidades.

