São Paulo – A Feira Mundial da Medicina (Medica), realizada em novembro na Alemanha, deve render US$ 32 milhões em negócios para os próximos 12 meses para as 51 empresas brasileiras que participaram. Entre os clientes estão compradores do Egito, Líbano, Sudão, Marrocos, Tunísia, Arábia Saudita e Iêmen.
Durante o evento, foram fechadas vendas no valor de US$ 5,2 milhões com diversos países. Segundo informações da Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios (Abimo), as empresas fizeram 3,5 mil contatos com compradores de 105 países.
“Este ano a feira teve uma característica particular, a presença muito forte de compradores árabes no estande”, afirmou a coordenadora de Marketing e Comércio Exterior da empresa Fanem, Meire Jorge. Segundo ela, as exportações da Fanem ao mercado árabe representam de 25% a 30% das vendas externas da empresa. “É um mercado muito importante para nós e ainda temos muito o que trabalhar na região”, acrescentou.
A Fanem, que já está presente em quase todo o mercado árabe, fechou pedidos de exportação na feira com clientes do Líbano, Sudão e Tunísia. De acordo com Meire, a venda inclui incubadoras, berços de fototerapia e outros tipos de berços. No evento, a empresa fez o lançamento de uma Unidade Neonatal de Terapia Intensiva, que segundo a coordenadora, também despertou o interesse de compradores árabes.
Outra empresa que recebeu compradores árabes no estande foi a WEM, de instrumentos eletrônicos. “É sempre constante a presença de árabes na Medica”, disse Ana Bonfim, coordenadora do departamento de Comércio Exterior da WEM. Essa foi a décima participação da empresa na feira. De acordo com ela, as vendas para o mercado árabe estão crescendo. Egito, Tunísia, Líbano, Emirados Árabes, Argélia e Marrocos já estão entre os destinos das vendas da WEM.
Para dar continuidade aos negócios no Oriente Médio, a empresa fechou pedidos de exportação na feira Medica com clientes do Egito e da Tunísia. Os produtos embarcados serão bisturis eletrônicos, coaguladores e acessórios para eletrocirurgia.
De acordo com Ana, o distribuidor da empresa no Egito já realizou workshops e treinamento sobre os produtos da WEM na Universidade do Cairo. “Temos um distribuidor no Egito há 5 anos”, disse a coordenadora.
Segundo informações da Abimo, cerca de 10 empresas fecharam negócios na Medica ou estão em negociação com compradores árabes. Além da Fanem e WEM, as empresas GM Reis, Instramed, K.Takaoka, Hp Bioproteses, Olidef, Cmos Drake e IBF receberam importadores árabes e estão em negociação. Na feira, 40% dos negócios realizados apresentaram como destino a Europa, 29% a Ásia e 15% a África.